ADEUS!
Almeida Garrett
Adeus! para sempre adeus!
Vai-te, oh! vai-te, que nesta hora
Sinto a justiça dos céus
Esmagar-me a alma que chora.
Choro porque não te amei,
Choro o amor que me tiveste;
O que eu perco, bem no sei,
Mas tu… tu nada perdeste:
Que este mau coração meu
Nos secretos escaninhos
Tem venenos tão daninhos
Que o seu poder só sei eu.
Oh! vai… para sempre adeus!
Vai, que há justiça nos céus.
Sinto gerar na peçonha
Do ulcerado coração
Essa víbora medonha
Que por seu fatal condão
Há-de rasgá-lo ao nascer:
Há-de sim, serás vingada,
E o meu castigo há-de ser
Ciúme de ver-te amada,
Remorso de te perder.
[…]Almeida Garrett é um dos grandes nomes da poesia romântica portuguesa Considerando o poema “Adeus”, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. O poema apresenta um eu-lírico angustiado pela perda de sua amada, por isso o “adeus” é tão dramático que fica expresso nos versos “Sinto a justiça dos céus/Esmagar-me a alma que chora”.
PORQUE
II. O amor dele para ela é a sua grande verdade e razão de viver, mas ele afirma que a partida foi melhor para ela, pois “Mas tu… tu nada perdeste:/ Que este mau coração meu/ Nos secretos escaninhos/ Tem venenos tão daninhos”.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
Nossa equipe é composta por profissionais especializados em diversas áreas, o que nos permite oferecer uma assessoria completa na elaboração de uma ampla variedade de atividades. Estamos empenhados em garantir a autenticidade e originalidade de todos os trabalhos que realizamos.
Ficaríamos muito satisfeitos em poder ajudar você. Entre em contato conosco para solicitar o seu serviço.
