Questão 6
“Ao estudarmos gramática, somos convidados a aprender, e muitas vezes decorar, resultados: não se cogita do método que levou à obtenção desses resultados. A aula de gramática típica não comporta perguntas embaraçosas, referentes a comos e porquês que não constam no livro adotado. O professor nunca precisa justificar a análise que ensina, tem apenas que reproduzi-la como a encontrou na bibliografia”. (PERINI, 2014, p. 55).

PERINI, M. Defino minha obra gramatical como a tentativa de encontrar resposta às perguntas: por que ensinar gramática? Que gramática ensinar?. In: NEVES, M. H. de. M.; CASSEB-GALVÃO, V. C. (Org.). Gramáticas contemporâneas do português: com a palavra os autores. São Paulo: Parábola Editorial, 2014, p. 48 – 67.


Tendo em vista o que foi exposto por Perini sobre o ensino de gramática, leia o estdo de caso a seguir:

Salvador é um menino esperto, apesar de morar na periferia de Tubarão e, portanto, abandonado pelo poder público que lá chega somente através das forças de segurança à caça de criminosos. A professora Juraci gosta muito de dar aula lá, apesar da dificuldade de acesso, pois falta transporte público, saneamento básico, asfalto e a Escola Flor de Lótus é descrita pela falta de materiais básicos e pedagógicos. Naquela segunda-feira, a aula já começara com Salvador chorando pela perda de mais um amiguinho que morreu, ao ser atingido por mais uma daquelas balas perdidas. Ele disse à professora: “me dá uma dó danada em ver tantas vidas indo embora de graça”.
 
Assinale a atitude considerada correta para a Linguística, durante a aula de Língua Portuguesa do Brasil, em relação à colocação pronominal dos pronomes oblíquos átonos (me), te, se, o(s), a(s), lhe(s) e aos gêneros masculino e feminino.
 

Alternativas
Alternativa 1:

A professora Juraci deve considerar as regras da gramática normativa tradicional e aproveitar a oração enunciada por Salvador para dizer que a periferia é a causa da violação das regras corretas da língua e preparar exercício de repetição sobre os temas.

Alternativa 2:

 A professora Juraci deve considerar somente as regras da gramática normativa tradicional e aproveitar a oração enunciada por Salvador para dizer que jamais se inicia uma frase com pronome oblíquo e que, pela regra, o sentimento dó é masculino.

Alternativa 3:

 A professora Juraci deve alertar a turma que considerar o substantivo masculino ?dó? como feminino é um erro grave porque desobedece as regras da gramática normativa que deve ser seguida, irrefletidamente, para não passar vergonha.

Alternativa 4:

A professora Juraci deve ignorar a oração enunciada por Salvador e continuar seu cronograma de ensino de língua materna, de acordo com a determinação da Secretaria de Educação do município que tem metas para cumprir e arrecadar verbas.

Alternativa 5:

A professora Juraci deve aproveitar a oração e dizer que, nesse caso, a gramática determina a colocação pronominal enclítica, mas milhões de brasileiros usam a próclise que já está em processo de aceitação pela comunidade.

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