QUESTÃO 3
Em virtude da complexa tarefa que é corrigir textos, uma reflexão que se faz necessária é a que está relacionada à postura do professor diante do texto do aluno. Segundo Ruiz (2013), o professor, ao corrigir o texto do aluno, não deve se limitar a apenas detectar os erros presentes. No entanto, a prática de correção na escola ainda se baseia na “caça aos erros” que, em geral, é de natureza gramatical (prioritariamente, de concordância verbal) e ortográfica (ANTUNES, 2006). Nesse paradigma, o professor assume o papel de um “[…] revisor implacável, e não o de um leitor cooperativo” (COSTA VAL et al., 2009, p. 30).

A concepção de correção de Serafini (2000, p. 107, grifos nossos) como “[…] o conjunto de intervenções que o professor faz para apontar defeitos e erros” reflete a compreensão tradicional dessa atividade, na qual o erro tem um espaço de grande relevância e o objetivo é apenas sinalizar os problemas. Para Antunes (2006, p. 165), nesse contexto, “[…] professor e aluno já assumiram, mesmo que tacitamente, o contrato de se fixarem no erro, naquilo que precisa ser corrigido […]”.

Ao utilizar o termo “conjunto de intervenções” para definir a correção, a autora também acrescenta adiante a ideia de que “O professor deve basear-se na lógica e na estrutura interna da redação e assumir uma postura diferente para cada gênero textual. Ele deve ainda fazer observações específicas que favoreçam o aprimoramento de cada estudante” (Serafini, 2000, p. 107). Essa afirmação, por outro lado, fornece ao professor um novo olhar para os critérios utilizados na correção textual que considerem também as especificidades de cada gênero. Ao revisitar os gêneros textuais, Serafini (2000) nos permite refletir que a correção textual deveria se voltar também para os diferentes elementos que envolvem o processo de interação verbal, já que este só é realizado a partir dos gêneros (Bakhtin, 2003). Se a escrita de textos envolve a utilização de conhecimentos linguísticos, de conhecimentos de textualização e de conhecimentos relacionados ao estatuto pragmático do texto, por que nos restringir apenas aos elementos linguísticos?

 

Fonte: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/download/523/430/1316. Acesso em: 24 ago. 2024.

 

Tendo como base as informações presentes no texto 1, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre estas.

I. A revisão do próprio texto é uma tarefa desnecessária, considerando que o professor fará a correção e dará a devolutiva com as anotações pertinentes.

 

PORQUE

 

II. Esse profissional é o único habilitado a fazer as correções do conteúdo temático, que deve compor um determinado gênero textual, e também avaliar os aspectos estruturais e estilísticos.

​Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:

Alternativas
Alternativa 1 – As asserções I e II são falsas.
Alternativa 2 – As asserções I e II são verdadeiras, e a II é a justificativa da I
Alternativa 3 – A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
Alternativa 4 – A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Alternativa 5 – As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II contraria a informação da I.

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