“A necessidade de dominar gêneros acadêmicos é inquestionável, mas os meios para alcançar esse domínio parecem ser limitados. Cursos de graduação no Brasil não incluem disciplinas cujos objetivos são desenvolver as habilidades de escrita dos alunos, nem mesmo em sua língua materna (o curso descrito por Figueiredo e Bonine é uma exceção e não é parte do programa regular de graduação no qual foi ensinado), embora seja esperado que os alunos publiquem os resultados de suas investigações.”
No caso de cursos de Licenciatura, há uma grande preocupação com a formação do aluno – futuro professor – com relação a sua prática de sala de aula. Nesses cursos, já há um discurso sempre presente da necessidade de todo professor ser pesquisador, de modo a sempre aprimorar seus conhecimentos, inovar sua prática e refletir sobre teorias e sobre sua atuação.
Parece, no entanto, que tal conceito de “pesquisador”, em alguns contextos, está mais ligado à leitura e aquisição de conhecimentos do que propriamente à produção de conhecimento, deixando-se de lado, algumas vezes, a produção científica desses futuros professores. Além disso, quando se exige deles uma produção científica, esses são pouco orientados para a construção de gêneros acadêmicos, ou seja, a exigência da produção de gêneros acadêmicos nem sempre está acompanhada de preparo para que essa seja bem sucedida.
Fonte: SOUZA, M. G.; BASSETO, L. M. Os processos de apropriação de gêneros acadêmicos (escritos) por graduandos em letras e as possíveis implicações para a formação de professores/pesquisadores. RBLA, Belo Horizonte, v. 14, n. 1, p. 83-110, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/Ypm99GJVr7LyXsLsYyq7N7c/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 6 set. 2023.
Com base nas informações presentes sobre os gêneros acadêmicos, analise as afirmativas a seguir:
I. A monografia é um trabalho de cunho cientifico, que é desenvolvido sobre uma determinada temática no contexto do curso superior. Como é um trabalho científico, faz-se necessário ser constituída de uma metodologia de pesquisa.
II. A distinção entre a dissertação (de mestrado) e a tese está efetivamente na originalidade. Na dissertação, o pós-graduando desenvolve um trabalho que está vinculado a uma fase inicial de ciência, é um exercício orientado, embasado em outras pesquisas já desenvolvidas, não se exige a originalidade da pesquisa de doutorado.
III. O artigo científico tem como objetivo corroborar a democratização do conhecimento, considerando os conceitos teóricos e práticos que se materializam nesse gênero são mais acessíveis aos alunos, aos professores e à sociedade em geral, principalmente, devido às diferentes formas de acesso e a sua rapidez no processo de leitura.
IV. A dissertação e a tese não podem ser consideradas espécies de monografia científica, levando-se em consideração que a tese constrói um pesquisa totalmente original, única e inédita dentro de uma determinada área do conhecimento. A dissertação, por sua vez, apresenta características como: é desenvolvida sob orientação de um doutor orientador e demonstra domínio e síntese de saberes específicos e inéditos na área de conhecimento/atuação em que é desenvolvida. Traços estes que não se aplicam a tese.
É correto o que se afirma em:
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