QUESTÃO 1
Leia o seguinte trecho do prefácio do livro Oaristos, de Eugênio de Castro:

 

[…] Minosas exceções, a Poesia portuguesa contemporânea assenta sobre algumas dezenas de coçados e esmaiados lugares-comuns. Tais são: olhos cor do céu, olhos comparados a estrelas, lábios de rosa, cabelos de ouro e de sol, crianças tímidas, tímidas gazelas, brancura de luar e de neve, mãos patrícias, dentes que são fios de pérolas, colos de alabastro e de cisne, pés chineses, rouxinóis medrosos, brisas esfolhando rosas, risos de cristal, cotovias soltando notas também de cristal, luas de marfim, luas de prata, searas ondulantes, melros farçolas assobiando, pombas arrulhadoras, andorinhas que vão para o exílio, madrigais dos ninhos, borboletas violando rosas, sebes orvalhados, árvores esqueléticas etc. No tocante a rimas, uma pobreza franciscana: lábios rimando sempre com sábios, pérolas com cérulas, sol com rouxinol, caminhos com ninhos, nuvens com Rubens (?), noite com açoite; um imperdoável abuso de rimas em ada, ado, oso, osa, ente, ante, o, ar etc. No tocante a vocabulário, uma não menos franciscana pobreza: talvez dois terços das palavras que formam a língua portuguesa, jazem absconsos, desconhecidos, inertes, ao longo dos dicionários, como tarecos sem valor em lojas de arrumação. Tais os rails por onde segue, num monótono andamento de procissão, o comboio misto que leva os poetas portugueses da actualidade à gare da POSTERIDADE, Poetas suficientemente tímidos para temerem o vertiginoso correr do expresso da ORIGINALIDADE.

 

Fonte: GOMES, Á. C. A estética simbolista. São Paulo: Cultrix, 1985. p. 89-95.

 

Sobre o excerto e compreendendo que Eugênio de Castro foi um dos grandes poetas simbolistas em Portugal, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

I. No excerto, Eugênio de Castro dirige uma crítica direta aos poetas românticos e realistas de seu tempo.

 

 

PORQUE

 

II. Ele demonstra a ruptura que a estética simbolista fez diante das estéticas anteriores.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1 – As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
Alternativa 2 – As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
Alternativa 3 – A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Alternativa 4 – A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
Alternativa 5 – As asserções I e II são proposições falsas.

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