MAPA – ECIV – PROJETO ARQUITETÔNICO APLICADO À ENGENHARIA I – 54_2025

 

Olá, estudante!

Nessa atividade você será desafiado a criar o seu primeiro projeto residencial do zero. Para isso, siga as instruções a seguir e deixe sua criatividade fluir!

 

Imagine agora você, na condição de engenheiro projetista, contratado para elaborar um projeto de uma residência. Nessa residência moram pessoas com necessidades, atividades e peculiaridades individuais, como idade e hobbies, e de cunho coletivo, como reuniões em família. Com base nas informações contidas na atividade M.A.P.A., projete essa residência atendendo a todos os requisitos solicitados, de acordo com as diretrizes normativas de elaboração de projeto arquitetônico e leis municipais.

Um projeto arquitetônico é feito em várias etapas. São elas: Levantamento, Estudo Preliminar, Anteprojeto, Projeto Básico ou Legal e Projeto Executivo de Arquitetura, além do Acompanhamento de Obra.

 

No Projeto Executivo de Arquitetura estão contidas informações gráficas em plantas técnicas que ajudam os profissionais, no local da obra, a construir a edificação. Por conta disso, ele é muito importante.

 

IMPORTANTE: o roteiro desse M.A.P.A. está dividido da seguinte forma:

 

EXPLICAÇÃO – Etapas a serem seguidas.

 

CHECKLIST – O que entregar.

 

ATIVIDADE – Estudo de caso.

 

No decorrer do roteiro, você encontrará algumas imagens que ilustram sugestões que podem ou não ser seguidas.

 

SUGESTÃO: inicie o projeto já na primeira ou segunda semana de aula, pois essa será uma atividade extensa e morosa, que não pode ser resolvida em pouco tempo. Veja as aulas conceituais e as aulas ao vivo para aprender a metodologia de projeto e, após, resolva o seu próprio projeto com o que aprendeu. Ainda, aproveite ao máximo os encontros presenciais, pois estes serão de grande ajuda na condução de seu projeto.

 

VAMOS ÀS EXPLICAÇÕES DA ATIVIDADE DE PROJETO QUE VOCÊ DEVERÁ SEGUIR:

 

Lembre-se de que essas etapas não são, cada uma, obrigatoriamente uma prancha, mas os passos que devem ser seguidos até chegar ao projeto.

 

Análise das condicionantes do projeto.

 

Análise de correlatos (mínimo 2).

 

Croquis de estudo (à mão ou com software).

 

Estudos de setorização + estudo volumétrico.

 

Anteprojeto.

 

Cada uma dessas etapas deve gerar alguns desenhos técnicos e/ou memoriais justificativos. Veja a explicação de cada uma delas a seguir:

 

1 – Análise de condicionantes

A etapa de análise de condicionantes está relacionada com outras disciplinas que você já teve em sua graduação. Você deve analisar tudo o que o terreno oferece, bem como o que o programa de necessidades vai lhe oferecer de limitantes ou potencialidades. A seguir deixo uma lista de possíveis condicionantes a serem analisadas:

 

Condicionantes urbanas (recuos, taxas, índices, quantidade de pavimentos, altura máxima…).

 

Condicionantes climáticas.

 

Condicionantes do bairro (características visuais do entorno, arborização, acessos, sistema viário).

 

Condicionantes topográficas.

 

Condicionantes pessoais (como eu gostaria de produzir esta edificação?).

 

Condicionantes programáticas (programa de necessidades).

 

Potencialidades do lote a serem identificadas.

 

DICA: nessa etapa você não precisa ter a obrigação de produzir desenhos técnicos. É muito mais livre. Contudo, lembre-se de que essa etapa não pode ser feita exclusivamente em forma de texto. Condicionantes climáticas, por exemplo, devem mostrar ao menos uma carta solar ou um estudo simples de sol nascente e poente. Condicionantes topográficas podem ser apresentadas por meio de um corte esquemático. Condicionantes urbanas podem ser simplesmente uma tabela. Lembre-se de que você está fazendo um projeto e não um relatório!

 

Exemplo: Condicionantes pessoais

 

PERFIL DO CLIENTE: uma família composta por uma matriarca viúva, Sra. Akemi Akira, juíza federal aposentada, com 65 anos, e suas três filhas solteiras que continuam morando na casa da mãe: Yumi, 30 anos, formada em Biologia, cultiva plantas suculentas, gosta muito de insetos e trabalha atualmente no IAP, no setor de licenças de controle ambiental. Keiko, a mais descontraída, 25 anos, formada em Pedagogia, trabalha em uma creche particular ensinando arte e cultura oriental, na qual matriculou seu filho Ian, de 5 anos. O pai de Ian, um universitário alemão, esteve na cidade em um evento, mas resolveu não se fixar, pois não suportou o clima quente e maravilhoso desta cidade.

 

A mais jovem, Yoko, 20 anos, tornou-se bailarina profissional e foi selecionada para fazer parte do balé Bolshoi de Joinville, Santa Catarina. Uma vez por mês consegue voltar para a casa da mãe, na qual reforça os laços familiares e saboreia o mais delicioso sushi do mundo ocidental, aquele que sua mãe prepara.

 

A Sra. Akemi faz Reiki e Acupuntura uma vez por semana: a Srta. Sara Lee, médica acupunturista, vai até sua casa e, após a sessão, ambas tomam chá verde e meditam junto à fonte no jardim.

 

Exemplo (Figura 1): Condicionantes urbanas (recuos, taxas, índices, quantidade de pavimentos, altura máxima…)

 

Figura 1 – Relatório de ficha técnica

 

Fonte: https://www.maringa.pr.gov.br/. Acesso em: 16 set. 2025.

 

Exemplo (Figura 2): Condicionantes climáticas (orientação solar)

 

 

O clima predominante da região é do tipo subtropical, em que a temperatura média do mês mais frio é inferior a 18 °C e a temperatura média anual é superior a 20 °C, com verões chuvosos e invernos secos.

 

 

 

Figura 2 – Esquema da trajetória do sol em relação a uma edificação

 

Fonte: o autor.

 

2 – Análise de correlatos

 

Nessa etapa, seguiremos o mesmo padrão de outros projetos. A busca de correlatos aqui vai se dar a partir de seus anseios enquanto projetista. O que você quer com sua edificação? Ela vai ser térrea? Vai ter um sistema estrutural diferente? Vai ter alguma solução de fluxos mais complexa?

 

Essas perguntas devem nortear sua escolha de correlatos, pois eles serão os seus exemplos-guia para o desenvolvimento do projeto.

 

Você deve buscar ao menos dois e, no máximo, três correlatos para seu projeto. Desses correlatos, apenas um precisa ser de edificação residencial unifamiliar.

 

DICA: analisar correlatos não é apenas replicar, em seu projeto, um elemento que você gostou. Vai muito além disso. Analisar correlatos é compreender quais foram as NECESSIDADES do projeto analisado e, a partir delas, quais foram as SOLUÇÕES adotadas para o problema. Analisar correlatos não é fazer uma descrição do projeto, mas verificar o COMO e, principalmente, os PORQUÊS de a obra ser feita daquela forma.

 

Ok, mas o que eu vou usar no meu projeto?

 

Você usará apenas as soluções no seu projeto. Pode ser que o seu correlato tenha uma solução de topografia interessantíssima que alia um sistema estrutural treliçado com bases esguias de concreto, fazendo com que se crie um pavimento a mais. Nesse caso, você pode utilizar o mesmo princípio da ideia para resolver o seu projeto (se as necessidades forem as mesmas). Contudo, nunca transportar uma ideia simplesmente porque você gostou.

 

3 – Croquis de estudo

 

Nada de novo aqui nessa etapa. A partir de todas as análises, agora sim você pode começar a rabiscar o seu projeto.

 

Fique livre para escolher o método de criação que mais lhe agrada, bem como criar o croqui da forma como bem entender.

 

IMPORTANTE: a etapa de criação de croquis pode ou não aparecer nas pranchas finais. Ela é totalmente opcional no sentido de ser inserida nas pranchas; porém, é altamente recomendado que não pule essa etapa em sua criação.

 

A partir do lote, insira o Norte e comece a rabiscar o que você gostaria no projeto. Como você gostaria que ele aparentasse, qual a melhor solução para cada parte, enfim… Criação livre e pura!

 

REFORÇANDO: Essa etapa não é obrigatória aparecer nas pranchas finais de projeto!

 

ETAPA 4 – Estudos de setorização + estudo volumétrico

 

Setorizar o seu projeto quer dizer que você vai dividi-lo em setores macro e dispor esses setores na melhor posição que você definir para o seu lote.

 

Nessa etapa, você pode criar uma setorização em planta, em volumetria ou até mesmo em corte, ou então fazer um misto de técnicas para chegar a um resultado satisfatório.

 

A setorização vai direcionar quem vê o seu projeto pela primeira vez a compreender melhor o que foi projetado e a forma como o projeto foi pensado. Por isso, ela deve ser clara, de fácil compreensão e com uma legenda simples, sem muitos detalhes ou nuances.

 

Geralmente, em projeto residencial, trabalhamos com três setores distintos: Social, Serviços e Íntimo. Contudo, pode ficar livre para organizar outro tipo de setor, se necessário.

 

Quando tratamos de estudo volumétrico, você tem duas opções:

a) Estudar a forma enquanto modelo físico (maquete real).

b) Estudar a forma a partir de um modelo virtual (maquete eletrônica).

 

Nesse projeto, o ideal é fazer o modelo físico somente com a volumetria externa, não se atendo a pequenos detalhes, nem a texturas, mas à forma, conforme exemplo (Figura 3):

 

 

 

Figura 3 – Setorização e estudo volumétrico de uma edificação

 

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br. Acesso em: 16 set. 2025.

 

 

5 – Anteprojeto

 

Nessa fase, você precisa ter o projeto já definido, porém não descarte a possibilidade de alterações ainda. O anteprojeto é uma fase anterior ao projeto legal, ou seja, não vai ser necessário chegar com cotas muito específicas, nem mesmo fazer com que o projeto seja detalhado nos mínimos detalhes. Pense que o anteprojeto é aquele projeto que você leva para o seu cliente avaliar antes de produzir o projeto de obra ou de prefeitura.

 

Com isso, você deve pensar em algumas coisas:

 

Como seu cliente vai ver o projeto? Ele não entende projeto técnico, por isso, você pode fazer o uso da humanização das plantas.

 

O que é necessário para explicar o meu projeto? Seu projeto precisa de cotas de nível para ser compreendido? Precisa de algum corte? Precisa de algum detalhe?

 

Preciso identificar os meus ambientes com cotas de tudo?

 

É mais importante que o meu cliente saiba qual a distância da boneca da porta ou qual o comprimento total do quarto?

 

Além disso, o anteprojeto prevê que o layout dos mobiliários internos seja bem representado. O layout deve ser definido com base na planta já criada. Nesse ponto, você deve trabalhar com inserção de mobiliário básico, sem necessidade de criar muitas nuances de projeto de interiores. Lembre-se de que você precisa otimizar o seu tempo. Por isso, prefira utilizar blocos de mobiliários prontos a desenhar todos os mobiliários.

 

Na etapa de anteprojeto você deve entregar ao menos uma planta do(s) pavimento(s) com layout (humanizada ou não); uma planta de cobertura; ao menos um corte; ao menos uma fachada.

 

DICA: o layout dos mobiliários não é um projeto técnico, portanto, não precisa ser feito com muitas cotas, nem ter soluções mirabolantes. O que precisamos é somente o básico para entender como os ambientes estão funcionando e qual será a disposição básica de cada móvel (Figura 4).

 

 

Figura 4 – Planta baixa técnica e planta layout (anteprojeto)

 

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br. Acesso em: 16 set. 2025.

 



CHECKLIST DO QUE PRODUZIR

 

(isso tudo deve ser apresentado nas pranchas de projeto)

 

PRANCHAS INICIAIS (quantas forem necessárias)

 

Mapa de localização do terreno em relação ao bairro (condicionantes do bairro).

 

Diagrama de condicionantes climáticas do lote.

 

(Opcional) Relatório fotográfico básico do entorno.

 

Corte longitudinal do lote, mostrando o desnível.

 

(Opcional) Organograma do programa de necessidades.

 

Análise dos correlatos com breve texto e algumas imagens.

 

Memorial descritivo e justificativo da proposta.

 

Inserir no memorial as informações de conceito e partido adotados.

 

PRANCHAS INTERMEDIÁRIAS (quantas forem necessárias)

 

(Opcional) Croquis de evolução da forma – à mão ou em software.

 

Setorização em planta, volumétrica ou em corte (o que melhor se adaptar).

 

Planta layout na escala 1:50 ou 1:75.

 

Inserir mobiliário.

 

Hachura de piso nas áreas molhadas.

 

Cotas internas dos ambientes (sem linha de cota).

 

Nome dos ambientes.

 

Tipo de piso.

 

Outros símbolos que julgar necessários.

 

Não é necessário fazer projeto executivo!

 

PRANCHAS FINAIS (quantas forem necessárias)

 

Implantação e cobertura (1:50 ou 1:75).

 

Cortes (1:50 ou 1:75).

 

Mínimo de um corte.

 

Se for necessário, pode apresentar mais cortes.

 

Fachada (1:50 ou 1:75).

 

Inserir detalhes técnicos de acabamentos, cores e revestimentos.

 

Perspectivas do projeto.

 

COMO APRESENTAR OS DESENHOS?

 

Todo o projeto deve ser apresentado em pranchas de tamanho A2 ou A1, orientação paisagem, com margens e carimbo técnico. As regras de representação são dispostas a seguir:

 

As pranchas devem, obrigatoriamente, ser em tamanho A2 ou A1.

 

Como a orientação é paisagem, as plantas devem seguir a mesma posição.

 

As margens podem ser de 7 a 10 mm.

 

O carimbo fica a escolha do aluno, não precisando ser tão grande, mas o suficiente para dispor as informações do aluno e do trabalho.

 

A quantidade de pranchas é livre, desde que atenda a todas as etapas propostas.

 

Sim, todas as informações devem estar dispostas nas pranchas. Nenhuma informação de projeto deve estar em arquivos separados, seja em relatórios de texto em formato Word ou em apresentações em forma de slides.

 

Todas as plantas devem apresentar norte.

 

Evite colocar textos muito longos na diagramação das pranchas. Isso dificulta a compreensão do seu projeto.

 

Lembre-se: mesmo em um formato A2 ou A1, as letras devem seguir um padrão de tamanho!

 

Os desenhos podem ser feitos à mão.

 

COMO ENVIAR OS ARQUIVOS?

 

Não envie outros formatos de arquivo que não PDF! O corretor não consegue abrir outros tipos de arquivo.

 

Todas as pranchas devem estar no mesmo PDF. Isso quer dizer que, se você tiver dez pranchas A2, as 10 pranchas terão de estar no mesmo arquivo. Para isso, utilize algum programa ou site que faça a junção de PDF, como o I Love PDF.

 

DICA: é comum as pranchas ficarem muito pesadas quando juntadas. Se isso acontecer, pode utilizar um compactador de PDF para reduzir seu tamanho.

 

IMPORTANTE: não mande o arquivo em RAR ou ZIP. Se o corretor não conseguir abrir este formato, sua nota será zero!

 

MAIS IMPORTANTE AINDA: não deixe para enviar de última hora. Evite dores de cabeça e mande uns dois dias antes. Tenha o trabalho pronto na última quarta-feira de aula. Você vai ver que será bem melhor.

 

ATIVIDADE – ESTUDO DE CASO

 

O seu escritório recebeu um pedido de projeto para uma residência térrea com, no máximo, 200 m² a ser criada a partir do briefing abaixo.

 

Antes de qualquer coisa, você, como arquiteto, precisa auxiliar a família na escolha do lote, pois eles ainda irão comprar o terreno para a construção.

 

Uma família composta por uma matriarca viúva, Sra. Akemi Akira, juíza federal aposentada, com 65 anos, e suas três filhas solteiras que continuam morando na casa da mãe: Yumi, 30 anos, formada em Biologia, cultiva plantas suculentas, gosta muito de insetos e trabalha atualmente no governo do estado, no setor de licenças de controle ambiental. Keiko, a mais descontraída, 25 anos, formada em Pedagogia, trabalha em uma creche particular ensinando arte e cultura oriental, onde matriculou seu filho Ian, de 5 anos. O pai de Ian, um universitário alemão, esteve na cidade em um evento, mas resolveu não se fixar, pois não suportou o clima quente e maravilhoso desta cidade.

 

A mais jovem, Yoko, 20 anos, tornou-se bailarina profissional e foi selecionada para fazer parte do balé Bolshoi de Joinville, Santa Catarina. Uma vez por mês consegue voltar para a casa da mãe, onde reforça os laços familiares e saboreia o mais delicioso sushi do mundo ocidental, aquele que sua mãe faz.

 

A Sra. Akemi faz Reiki e Acupuntura uma vez por semana: a Srta. Sara Lee, médica acupunturista, vai até a sua casa e, após a sessão, ambas tomam chá verde e meditam junto à fonte no jardim.

 

O TERRENO

 

O lote a ser escolhido deve conter as características a seguir:

 

Ter entre 300 e 500 m² de área.

 

Estar em uma zona urbanizada da cidade.

 

Não conter edificações preexistentes.

 

Não pertencer a uma Área de Preservação Permanente (APP).

 

Pode conter desnível.

 

Ter, no mínimo, 5 metros de testada.

 

O lote que você irá escolher deve pertencer à sua cidade ou à região que será projetada. Lembre-se de que você precisará buscar informações do município e diretrizes urbanas para criar sua edificação.

 

A escolha do lote, bem como sua posição em relação ao norte, deve ser mostrada em uma implantação ou situação do lote.

 

 

Fim do roteiro.

 

Nossa equipe é composta por profissionais especializados em diversas áreas, o que nos permite oferecer uma assessoria completa na elaboração de uma ampla variedade de atividades. Estamos empenhados em garantir a autenticidade e originalidade de todos os trabalhos que realizamos.

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