Questão 1

Fica claro que a Cúpula de Johannesburgo orientou sua pauta para um conjunto de reivindicações amplas, abordando necessidades de cunho social e ambiental. […] Também desperta a atenção o retorno da antiga reivindicação da composição de fundos de financiamento compostos pela destinação de 0,7% do PNB dos países desenvolvidos […], o que significa, implicitamente, o reconhecimento do fracasso da efetivação dessa proposta ao longo de décadas.

Fonte: DIAS, E. S. Os(des) encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 – expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

A análise da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), em Johannesburgo (2002), permite concluir que o evento foi marcado:

Alternativas
Alternativa 1:

Pelo sucesso na implementação das metas da Agenda 21, servindo como uma celebração das conquistas da década anterior.

Alternativa 2:

Pela introdução de metas inovadoras e de um novo paradigma de desenvolvimento, que superou as propostas da Rio-92.

Alternativa 3:

Pela reiteração de metas sociais e ambientais não cumpridas e pelo reconhecimento implícito do fracasso das propostas de financiamento anteriores.

Alternativa 4:

Por um foco restrito em questões puramente ambientais, como biodiversidade e mudanças climáticas, criticado por ignorar a dimensão social.

Alternativa 5:

Pela ausência de participação dos países em desenvolvimento, que se retiraram das negociações por falta de avanços.

Questão 2

O Brasil tem um plano de adaptação climática (PNA), lançado em 2016, que visa orientar iniciativas para gestão e redução dos riscos provenientes dos efeitos adversos das mudanças climáticas. Todavia, até o momento, um planejamento de longo prazo voltado à adaptação climática ainda não ganhou projeção no país como um todo. Entre as razões para esse atraso estão a própria complexidade envolvida na adaptação, as limitações econômicas, institucionais e políticas. […] A falta de dados e informações úteis e utilizáveis […] é frequentemente identificada como uma das principais barreiras para o avanço da adaptação.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 11. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O artigo discute a necessidade de o Brasil se adaptar ao novo clima, mas aponta que a implementação de políticas de adaptação enfrenta obstáculos significativos. De acordo com o texto, no que se refere a um dos principais entraves para a efetivação da adaptação climática no país, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

A inexistência de qualquer plano ou estratégia de adaptação em nível nacional, deixando os municípios sem nenhuma orientação.

Alternativa 2:

A forte resistência da população brasileira em aceitar as mudanças climáticas como um problema real, o que impede os governos de agirem.

Alternativa 3:

A constatação de que as vulnerabilidades do Brasil são mínimas, tornando os investimentos em adaptação um gasto desnecessário de recursos públicos.

Alternativa 4:

A completa ausência de conhecimento científico no país sobre os impactos das mudanças climáticas, o que impede a formulação de qualquer política.

Alternativa 5:

A combinação de fatores como a complexidade do tema, limitações institucionais e políticas, e a dificuldade em converter informações técnico-científicas em ações práticas.

Questão 3

Assim, o texto (da Agenda 21) assinala que alguns países concordaram em assumir o ano 2000 como prazo limite para cumprir a meta [de 0.7% do PNB], ao mesmo tempo resguarda a posição isolada dos Estados Unidos, que se recusaram a assumir qualquer compromisso em torno da meta de 0.7%, tal como haviam feito em 1970, e, simplesmente, concordaram em fazer os ‘melhores esforços’ para elevar seus níveis de Official Development Assistance (ODA), sem qualquer prazo ou percentual definido.

Referência: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 – expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Considerando a posição dos Estados Unidos nas negociações ambientais, conforme exemplificado no trecho sobre a Agenda 21, no que é caracterizada, historicamente, a postura do país, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

Liderança e proatividade, sendo o primeiro país a propor e a cumprir metas ambiciosas de financiamento e redução de emissões.

Alternativa 2:

Adesão incondicional às propostas dos países em desenvolvimento, buscando sempre atender às suas demandas por recursos financeiros e tecnologia.

Alternativa 3:

Uma relutância em aceitar compromissos quantitativos e prazos definidos, especialmente em relação ao financiamento, optando por declarações de intenção vagas.

Alternativa 4:

Alinhamento automático com os países europeus, formando um bloco coeso para pressionar os países do G-77 a assumirem mais responsabilidades.

Alternativa 5:

Neutralidade e indiferença, não participando ativamente das negociações e deixando a cargo da ONU a formulação dos acordos.

Questão 4

A perda de vegetação nativa reduz a evapotranspiração e a formação de núcleos de condensação de nuvens, processos biofísicos essenciais mantidos pela floresta. A Amazônia, por exemplo, libera para a atmosfera cerca de 20 bilhões de toneladas de água por dia na forma de vapor. A interrupção desse ciclo hidrometeorológico altera a dinâmica de precipitação não apenas na escala local.

​Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

​I. O desmatamento em larga escala na Amazônia tem potencial apenas para desencadear crises locais.

PORQUE

II. A floresta em pé é responsável pela geração de “rios voadores”, que são fluxos atmosféricos de vapor de água cruciais para a manutenção do regime de chuvas em outros biomas.

​A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

Alternativa 2:

As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

Alternativa 3:

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

Alternativa 4:

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

Alternativa 5:

As asserções I e II são falsas.

Questão 5
O conceito de hotspot de biodiversidade, proposto por Norman Myers e adotado pela Conservation International (2000), refere-se a áreas prioritárias para a conservação que apresentam alta riqueza de espécies endêmicas e que já perderam, pelo menos, 70% de sua vegetação original. O Brasil, por ser um dos países mais megadiversos do mundo, abriga alguns desses hotspots, que se encontram sob intensa pressão antrópica e demandam ações urgentes de preservação.

Fonte: ​CONSERVATION INTERNATIONAL. Biodiversity Hotspots. Arlington: Conservation International, 2000.

​Com base no conceito de hotspot de biodiversidade, assinale a alternativa correta que apresenta dois biomas brasileiros reconhecidos internacionalmente como hotspots:
Alternativas
Alternativa 1:

Amazônia e Pantanal.

Alternativa 2:

Amazônia e Caatinga.

Alternativa 3:

Cerrado e Mata Atlântica.

Alternativa 4:

Amazônia e Cerrado.

Alternativa 5:

Caatinga e Pampa.

Questão 6

O Brasil tem importantes vantagens estratégicas na área energética, pois uma parcela significativa de nossa matriz energética vem de fontes renováveis, como a hidroeletricidade e biocombustíveis, e possuímos grande potencial de utilização das energias eólica (onshore e offshore) e solar. Entretanto, as emissões de GEE do setor energético brasileiro dobraram de 1990 a 2019, devido ao aumento da queima de combustíveis fósseis, para geração por termelétricas. Ao mesmo tempo e na direção oposta, há interesse crescente na incorporação de novas parcelas de combustíveis fósseis, especialmente de gás natural e petróleo oriundos da exploração do pré-sal.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 6. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O texto evidencia uma contradição na política energética brasileira. Com base na leitura do artigo, quanto a análise que descreve os desafios e paradoxos do setor energético do Brasil no contexto das mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

A matriz energética brasileira é quase inteiramente baseada em combustíveis fósseis, sem potencial significativo para a geração de energias renováveis.

Alternativa 2:

As emissões do setor energético brasileiro estão em queda acentuada desde 1990, graças à substituição total das termelétricas por usinas hidrelétricas.

Alternativa 3:

O Brasil já concluiu sua transição energética para fontes eólica e solar, eliminando completamente o uso de hidrelétricas e de combustíveis fósseis em sua matriz.

Alternativa 4:

A geração hidrelétrica é a única fonte de energia renovável do Brasil e não apresenta nenhuma vulnerabilidade às mudanças climáticas, garantindo a segurança energética do país.

Alternativa 5:

Apesar de possuir uma matriz energética com forte base renovável e grande potencial de expansão, o Brasil enfrenta o desafio de um aumento nas emissões do setor devido à maior dependência de termelétricas e ao investimento em combustíveis fósseis.

Questão 7

Em 2016, o Brasil ratificou o Acordo de Paris, comprometendo-se a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, e 43% até 2030, em comparação com emissões verificadas em 2005, e eliminar o desmatamento ilegal da Amazônia. O país também se comprometeu a aumentar a participação da bioenergia na sua matriz energética para 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 4. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

Considerando os compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Acordo de Paris, descritos no texto, e as informações do artigo sobre a trajetória recente das emissões, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

O Brasil tem cumprido suas metas de forma exemplar, com uma trajetória de queda contínua das emissões de GEE desde a ratificação do acordo.

Alternativa 2:

Os compromissos assumidos focam exclusivamente na transição da matriz energética, deixando de lado metas relacionadas ao uso do solo e às florestas.

Alternativa 3:

As metas de reflorestamento e restauração de florestas são as únicas obrigações do país, refletindo a vocação exclusivamente florestal da economia brasileira.

Alternativa 4:

Apesar dos compromissos firmados para reduzir as emissões, dados recentes indicam uma tendência de crescimento das emissões de GEE no país desde 2011.

Alternativa 5:

O Acordo de Paris impõe ao Brasil a obrigação de abandonar o agronegócio e focar apenas na bioeconomia de floresta em pé.

Questão 8

A novidade deste evento [Rio+20] se constitui na divulgação da chamada ‘economia verde’, que mais aparenta ser uma estratégia de marketing para renovar o desgastado termo ‘desenvolvimento sustentável’. […] A ex-ministra (Marina Silva) apenas exteriorizou o que era corrente muito antes de acontecer o evento e que ficou evidente durante o mesmo […]: os centros econômicos do capitalismo mundial […] passam por grave crise econômica e financeira […]. Nesse contexto, as questões socioambientais não ocupam […] uma posição prioritária na agenda internacional de fato.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 – expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Com base na avaliação da Rio+20 apresentada no texto, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

O conceito de ‘economia verde’ foi uma inovação conceitual robusta que conseguiu superar as ambiguidades do ‘desenvolvimento sustentável’.

Alternativa 2:

A conferência obteve sucesso ao garantir novos e vultosos compromissos financeiros, aproveitando a crise econômica para reformular o sistema financeiro global.

Alternativa 3:

O evento representou um avanço significativo, com a presença de todos os principais líderes mundiais, como Barack Obama e Angela Merkel, que lideraram as negociações.

Alternativa 4:

A crise financeira global de 2008 teve um impacto negativo direto no evento, relegando as pautas socioambientais a um segundo plano e contribuindo para seu esvaziamento político.

Alternativa 5:

A avaliação geral dos resultados por parte de ambientalistas e diplomatas foi unânime em celebrar o documento final ‘O futuro que queremos’ como um grande progresso.

Questão 9

A Conferência de Estocolmo realizou-se sob influência de reuniões preparatórias e outros eventos ocorridos anteriormente. Merece destaque a divulgação do relatório “The limits to growth”, preparado por um grupo interdisciplinar do Massachusets Institute of Technology (MIT) para o Clube de Roma que, baseando-se numa perspectiva neomalthusiana, alertava para o risco do crescimento populacional intenso como o mais grave fator de comprometimento dos recursos naturais disponíveis.

Fonte: DIAS, E. S. Os (des)encontros internacionais sobre meio ambiente: da conferência de Estocolmo à Rio+20 – expectativas e contradições. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 39 v. 1, p. 06-33, Jan./Jun., 2017.

Com base no texto, a Conferência de Estocolmo de 1972 foi um marco no debate ambiental, influenciada por uma visão que:

Alternativas
Alternativa 1:

Priorizava o desenvolvimento econômico dos países do Terceiro Mundo como solução para a degradação ambiental.

Alternativa 2:

Ignorava os limites dos recursos naturais, focando exclusivamente na contenção da poluição industrial nos países desenvolvidos.

Alternativa 3:

Atribuía a responsabilidade principal pela crise ambiental ao crescimento populacional nos países pobres, em uma perspectiva neomalthusiana.

Alternativa 4:

Propunha um modelo de governança global em que a ONU teria poder para impor sanções econômicas a países poluidores.

Alternativa 5:

Estabeleceu as bases do conceito de ‘economia verde’, buscando conciliar o lucro das corporações com a preservação ambiental.

Questão 10

O Brasil tem vantagens estratégicas enormes, como a possibilidade de reduzir fortemente as emissões de gases de efeito estufa, com ganhos importantes para a sociedade. Temos um potencial de geração de energia solar e eólica que nenhum outro país possui. Mas também temos vulnerabilidades, como um agronegócio dependente do clima e a geração de hidroeletricidade dependente da chuva. Ainda, temos também 8.500km de áreas costeiras sensíveis ao aumento do nível do mar, e áreas urbanas vulneráveis a eventos climáticos extremos.

Fonte: ARTAXO, P. Mudanças climáticas: caminhos para o Brasil. Ciência&Cultura, São Paulo, v. 74, n. 4, 2022, p. 1. Disponível em: https://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252022000400013. Acesso em: 24 set. 2025.

O texto evidencia um paradoxo na posição do Brasil frente à crise climática: o país possui tanto vantagens estratégicas quanto vulnerabilidades significativas. Com base na leitura integral do artigo, quanto à principal vulnerabilidade do modelo econômico brasileiro, que o torna suscetível aos impactos das mudanças climáticas, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Alternativa 1:

Forte dependência da queima de combustíveis fósseis para a matriz energética, tornando a economia refém da variação do preço do petróleo.

Alternativa 2:

Baixa diversidade de biomas, o que impede a adaptação de culturas agrícolas a novas condições climáticas e limita os serviços ecossistêmicos.

Alternativa 3:

Extrema dependência dos setores do agronegócio e da geração de energia hidrelétrica, ambos diretamente afetados por alterações nos padrões de chuva.

Alternativa 4:

Localização geográfica em altas latitudes, o que torna o território nacional mais suscetível ao derretimento de calotas polares e ao frio extremo.

Alternativa 5:

Industrialização tardia e pouco diversificada, concentrada em setores de baixa tecnologia que não conseguem competir no mercado global de baixo carbono.

Nossa equipe é composta por profissionais especializados em diversas áreas, o que nos permite oferecer uma assessoria completa na elaboração de uma ampla variedade de atividades. Estamos empenhados em garantir a autenticidade e originalidade de todos os trabalhos que realizamos.

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