Uma empresa de transporte e logística decidiu implementar um robusto programa de compliance após descobrir que alguns de seus funcionários estavam colaborando com uma organização

Uma empresa de transporte e logística decidiu implementar um robusto programa de compliance após descobrir que alguns de seus funcionários estavam colaborando com uma organização criminosa para desviar cargas e facilitar o tráfico de produtos ilícitos. A direção da empresa percebeu que a falta de controles internos e a ausência de um código de conduta claro estavam permitindo práticas antiéticas que prejudicavam não apenas a imagem da empresa, mas também a segurança e a integridade de seus funcionários e da comunidade.

Para reverter essa situação, a empresa criou uma equipe de compliance e desenvolveu um plano abrangente que incluía os seguintes pilares:

1. Suporte da administração: A alta gestão se comprometeu publicamente com o programa de compliance, nomeando um compliance officer responsável por coordenar todas as ações e garantir a adesão ao programa.

2. Avaliação de riscos: Um setor foi designado para identificar riscos associados aos contratos e operações da empresa, com ênfase na detecção de possíveis ligações com organizações criminosas.

3. Código de conduta: A empresa desenvolveu um código de ética que estabeleceu diretrizes claras sobre comportamentos esperados, bem como as consequências de atos ilícitos, moldando a cultura organizacional.

4. Controles internos: Foram implementados sistemas de auditoria e monitoramento para garantir que todas as transações fossem documentadas e que os processos financeiros estivessem de acordo com as normas legais.

5. Treinamento e comunicação: Programas de capacitação foram realizados para educar os funcionários sobre os novos procedimentos e a importância do compliance, visando aumentar a conscientização sobre práticas antiéticas.

6. Canais de denúncia: A empresa estabeleceu canais de denúncia seguros e anônimos para que os funcionários pudessem relatar qualquer atividade suspeita sem medo de retaliação.

7. Investigações internas: Um protocolo foi criado para que qualquer denúncia recebida fosse investigada de maneira minuciosa e imparcial, com a possibilidade de aplicar penalizações se as irregularidades fossem confirmadas.

8. Due diligence: A empresa implementou processos rigorosos de due diligence para avaliar a idoneidade de seus fornecedores e parceiros comerciais, assegurando que apenas aqueles que compartilhassem valores éticos fossem escolhidos.

9. Auditoria e monitoramento: Após a implementação do programa, auditorias regulares foram programadas para avaliar a eficácia do compliance e identificar áreas de melhoria.

Com essas ações, a empresa não apenas se protegia contra possíveis danos causados por organizações criminosas, mas também reforçava sua responsabilidade social, contribuindo para a segurança e o desenvolvimento da comunidade onde estava inserida.

Elaborado pela professora, 2024.