O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades na comunicação, na interação social

A ocorrência de um comportamento desafiador em indivíduos com TEA está exclusivamente relacionada à dificuldade de se comunicar, que pode levar à frustração e à ansiedade e, consequentemente, a agressões, autolesão, gritos e comportamento repetitivo.

A rigidez comportamental, compreendida como a dificuldade de lidar com mudanças de rotina e alterações, é mais comum em crianças autistas não verbais. Por também se tratar de uma característica cognitiva, não é possível intervir nos aspectos que dizem respeito a essa rigidez.

Uma estratégia de intervenção positiva para comportamentos desafiadores se trata da identificação de comportamentos desejados, isto é, comportamentos a serem fortalecidos no repertório do sujeito. É necessário enfatizar o ensino desses comportamentos, ignorando as ocorrências dos comportamentos desafiadores.

A persistência dos comportamentos desafiadores é esperada frente à aplicação da intervenção. Frente à implementação do plano de intervenção, é necessário que o profissional mantenha as estratégias previamente planejadas de maneira sistemática, punindo o comportamento indesejado até que a mudança ocorra.

Compreender a multicausalidade de um comportamento desafiador é fundamental para o planejamento de estratégias de intervenção personalizadas e eficazes. Para tanto, é preciso que o profissional observe não só o comportamento, mas o que acontece antes dele e, também, as consequências produzidas pelo comportamento.