Além de possuir esse raciocínio que será fundamental em sua atuação, você deverá fazer a junção
dos aspectos advindos da inteligência emocional e da ciência, pois desse modo, durante seu
protocolo fisioterapêutico, a visão clínica pode rapidamente sofrer mudanças, aprimorando o
resultado inicial proposto e elevando assim a aderência do(a) paciente e os resultados encontrados
durante a sessão.
A experiência clínica se destaca como uma vertente que auxilia para a habilidade de conduzir uma
sessão e tratar de modo adequado, eficiente e racional o(a) paciente, utilizando dessa maneira, as
mais variadas possibilidades de recursos, raciocínio e fomentos que a fisioterapia possui em sua
gama de possibilidades, e então, você poderá utilizar instrumentos, escalas, protocolos, ferramentas,
técnicas e bases já consolidadas no cenário científico em prol do(a) paciente.
Pensar nesse conjunto amplo de habilidades, possibilidades e competências, pode desencadear
experiências clínicas com o objetivo de identificar o estado de saúde global, onde o indivíduo é visto
na sua totalidade e que possivelmente demandará atendimento geral e, assim, por meio do seu
diagnóstico fisioterapêutico, você identificará os riscos e benefícios da proposta de intervenção.
Lembre-se que ao tratar o paciente, não podemos trabalhar com supostos prognósticos incertos,
pois isso pode enfraquecer a conduta profissional e, dessa maneira, o raciocínio clínico não se
concretiza, por isso é interessante que o(a) profissional, tenha sempre em mente o conceito da
prática baseada em evidência científica, pois essa é considerada a prática mais segura e que respalda
o(a) fisioterapeuta.
Ao se tratar da prática baseada em evidência científica, essa teve seu início na década de 90, e tem
uma combinação de um tripé que possibilita a percepção ampla, destacando os conceitos: a
experiência da pessoa (incluindo suas preferências), melhor dado científico disponibilizado e
necessidade individual/habilidade para melhor definição de tratamento viabilizado nas
especificidades de cada paciente.
A partir dessa conceituação, as informações obtidas pelo(a) fisioterapeuta são consideradas
dinâmicas e podem ir se transformando com o avançar da proposta terapêutica. Frente a esse
conceito, vale ressaltar que é necessário ampliar a ótica sobre a saúde físico funcional do(a) paciente,
sendo esta dinâmica e longitudinal, baseando tais informações coletadas com a Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
O início do raciocínio clínico fisioterapêutico deve estar estrategicamente estruturado ao modelo
biopsicossocial da CIF, pois essa classificação se destaca por ser fundamental para identificar as reais
necessidades e pluralidades do(a) paciente, sem esquecer que o processo de avaliação
fisioterapêutica é um contínuo, demandando ao profissional reavaliações para ir proporcionando ao
paciente a melhor evidência em relação ao seu caso.
Enfatizando a fisioterapia moderna e as múltiplas possibilidades terapêuticas, o foco principal é atuar
em prol da funcionalidade humana, que segundo definição da Organização Mundial de Saúde (2003):
“É um termo macro que designa os elementos do corpo, suas funções e estruturas, as
atividades humanas e a participação do ser humano nos processos sociais, indicando os
aspectos positivos da interação dos indivíduos com determinada condição de saúde e o
contexto em que ele vive no que diz respeito aos fatores pessoais e ambientais
(estruturais e atitudinais).”