A história da educação brasileira reflete em muito o contexto social nos diversos momentos da formação e consolidação do estado nacional. Um dos momentos em que a educação passou a ser discutida com intensidade foi a Primeira República (1889-1930). Por um lado, ocorre uma influência de ideias “importadas”, consideradas eficientes para a mudança da realidade educacional brasileira; por outro, há uma realidade social que limita a implantação de mudanças na política educacional do país.
Fonte: FREITAS, V. A. Fundamentos históricos e filosóficos da educação. Maringá: UniCesumar, 2021.
Assinale a alternativa correta que demonstra essa contradição com relação ao Período da Primeira República.
O país viveu um surto industrial que elevou a necessidade de mão de obra qualificada, o que fez se multiplicar pelo país o ensino técnico profissionalizante, o qual, até hoje, é uma característica marcante da formação educacional brasileira.
A libertação dos escravos durante o Império (1822-1889) gerou uma população de trabalhadores disposta e incentivada à qualificação profissional. Na Primeira República, a alfabetização dos brasileiros foi o principal objetivo, reduzindo o analfabetismo a menos de 2% da população.
Os debates educacionais na Primeira República não atingiram a população de uma maneira geral. A maioria dos brasileiros permaneceu analfabeta e desqualificada.
A formação educacional brasileira foi favorecida pela supremacia das atividades urbanas sobre a rural. As medidas governamentais foram para permitir que a maioria das crianças do país frequentasse as escolas de formação básica, o que atingiu mais de 90% das crianças, em 1920.
A Primeira República (1889-1930) foi dominada pela elite industrial e comercial. O deslocamento maciço de brasileiros do campo para a cidade disponibilizou mão de obra para o parque industrial. Esse ambiente permitiu a população da educação básica e profissionalizante.