A simples abertura de mais escolas de medicina e de mais vagas em cursos já existentes não basta para reduzir as desigualdades regionais em locais de baixa concentração de médicos, em áreas distantes, do Norte, do Nordeste ou do interior. Após a graduação, o médico recém-formado tende a migrar para outros centros mais desenvolvidos, como São Paulo e Rio de Janeiro, entre outros. De forma geral, as metrópoles se mostram mais atraentes para estes profissionais que as cidades onde nasceram ou se formaram. Esse persistente fluxo de médicos em direção aos mesmos lugares pode agravar ainda mais desigualdades e gerar outras consequências indesejadas ao sistema de saúde brasileiro. Apesar de todas as mazelas existentes, se o atendimento à saúde ainda funciona é pelo compromisso dos médicos com a sociedade e pela cobrança pelo envolvimento do governo e de outros setores da sociedade neste debate. É importante que se tenha sempre em mente que as entidades médicas, como instituições, estão sempre interessadas em dialogar e encontrar propostas e respostas para os problemas da assistência de nossa população.

Categoria:
Este site utiliza cookies para lhe oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar neste site, você concorda com o uso de cookies.