“As pessoas afetadas por esses projetos acabam não se beneficiando do acesso ou da diminuição do custo da energia, por exemplo. No caso da usina de Belo Monte, o linhão de transmissão de energia passa por cima das pessoas afetadas e aquela energia vai para as regiões Sul e Sudeste”, disse Moran.
Segundo o estudo, tanto em Belo Monte como em Santo Antônio e Jirau, na Amazônia brasileira, onde também foram instaladas barragens recentemente, em vez de diminuir, a conta de energia elétrica da população no entorno das obras, aumentou. E os empregos prometidos aos moradores no início das obras foram ocupados principalmente por pessoas de fora e desapareceram no prazo de cinco anos.
“Em Altamira, antes do início da construção da usina de Belo Monte, os moradores apoiavam a obra pois pensavam que ela beneficiaria enormemente a cidade. Hoje em dia ninguém apoia mais, porque a usina acabou com a tranquilidade da cidade e, em vez de benefício, só trouxe problemas para a maioria das pessoas”, disse Moran.
Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2018/11/07/custos-sociais-e-ambientais-de-usinas-hidreletricas-sao-subestimados-apontaCom base nas informações apresentadas, podemos constatar que no Brasil há uma predominância da utilização de energia renovável (cerca de 85%) contra 28% a nível mundial. Isso demonstra que nosso país se encontra em uma posição privilegiada nesse quesito. Porém, esse número remete quase que integralmente à utilização de hidrelétricas, que se dá pelas características físicas de nosso território, marcado pela presença de grandes rios de planalto e abundância de água na maior parte do país. Conforme vimos em nosso material e nas referidas reportagens, essa energia não é tão limpa assim, haja vista seus inúmeros impactos socioambientais decorrentes, principalmente, de sua instauração.
O Brasil passou em 2021 pela pior crise hídrica em mais de 90 anos, que resultou em uma das maiores crises energéticas de sua história. Com os baixos níveis dos reservatórios nas hidrelétricas, o país se viu forçado a utilizar usinas termelétricas para evitar o risco de apagões ou racionamento, o que elevou o custo da energia, sentido no bolso dos consumidores meses depois.
O discurso hegemônico dos nossos governantes, propagados pela grande mídia, é que atualmente ainda são necessárias grandes obras de engenharia para a construção de usinas hidrelétricas em nosso território, haja vista a necessidade de aumento da geração de energia. Embora o Brasil ainda seja altamente dependente da energia hidráulica oriunda das hidrelétricas, existem outras alternativas de energias renováveis menos impactantes, e, portanto, mais “limpas”.Desse modo, caro(a) aluno(a) disserte sobre a real necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas no Brasil, elencando os pontos positivos e negativos de sua implementação. Levando em conta a vastidão de nosso território e a diversidade do nosso quadro físico, procure discutir alternativas regionais e locais para a implementação de energias renováveis que sejam menos impactantes, mais sustentáveis e consumam um número menor de recursos. Na sua resposta, procure elencar alguns exemplos em sua região e informar se você utiliza em sua residência fontes alternativas de energia.
Orientações:
– Elabore, de forma dissertativa argumentativa, seu posicionamento frente às questões levantadas.
– Seu texto deverá conter no mínimo 20 linhas e no máximo 30 linhas.
– Utilize argumentos convincentes, que expresse sua criticidade.
– Leia novamente o que escreveu, amplie as ideias e conclua sua atividade.
– Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviá-lo.
“As pessoas afetadas por esses projetos acabam não se beneficiando do acesso ou da diminuição do custo da energia, por exemplo. No caso da usina de Belo Monte, o linhão de transmissão de energia passa por cima das pessoas afetadas e aquela energia vai para as regiões Sul e Sudeste”, disse Moran. Segundo o estudo, tanto em Belo Monte como em Santo Antônio e Jirau, na Amazônia brasileira, onde também foram instaladas barragens recentemente, em vez de diminuir, a conta de energia elétrica da população no entorno das obras, aumentou. E os empregos prometidos aos moradores no início das obras foram ocupados principalmente por pessoas de fora e desapareceram no prazo de cinco anos. “Em Altamira, antes do início da construção da usina de Belo Monte, os moradores apoiavam a obra pois pensavam que ela beneficiaria enormemente a cidade. Hoje em dia ninguém apoia mais, porque a usina acabou com a tranquilidade da cidade e, em vez de benefício, só trouxe problemas para a maioria das pessoas”, disse Moran.
Categoria: Gestão Ambiental
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