As células são envolvidas por uma membrana plasmática, que forma uma barreira seletiva,
permitindo a entrada de nutrientes e a saída de produtos residuais.
Assim como nossos corpos precisam de diferentes tipos de órgãos e tecidos para funcionar
adequadamente, as células também possuem partes especializadas, chamadas organelas,
que cumprem funções específicas e sem as quais as células não conseguem sobreviver.
Podemos citar, como exemplos, as mitocôndrias, que são responsáveis pelas transações
de energia necessárias para a sobrevivência celular; os lisossomos, que digerem materiais
indesejados dentro da célula; e o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi, que
desempenham papéis importantes na organização interna da célula, sintetizando
moléculas selecionadas e, em seguida, processando, classificando e direcionando-as para
seus locais apropriados.
Entre todas essas organelas, há um espaço no citoplasma chamado citosol. Esse espaço
contém uma estrutura organizada de moléculas fibrosas que constituem o citoesqueleto,
que, por sua vez, dá forma à célula, permite que as organelas se movam dentro da célula e
fornece um mecanismo pelo qual a própria célula pode se mover.
Além dessas organelas citoplasmáticas, encontramos também o núcleo, envolto por um
sistema de membranas e contendo, em seu interior, a informação genética (ácido
desoxirribonucleico espiralado de fita dupla – DNA ), necessária para o crescimento e
reprodução celular. A Figura 2 mostra um esquema didático de uma organização celular.
A adenosina trifosfato, também conhecida como ATP, é uma molécula que transporta
energia dentro das células. É a principal “moeda de energia” da célula e um produto final
dos processos de fotofosforilação (adição de um grupo fosfato a uma molécula utilizando a
energia da luz), respiração celular e fermentação. Todas as coisas vivas usam a ATP. Além
de ser fonte de energia, também é utilizada em vias de transdução de sinal para
comunicação celular e é incorporada ao ácido desoxirribonucleico durante a síntese de
DNA.
Avançando na organização biológica, após o nível celular, passamos para o nível tecidual.
A histologia é um ramo da biologia que trata da composição e da estrutura dos tecidos
vegetais e animais em relação às suas funções especializadas. O objetivo fundamental da
histologia é determinar como os tecidos são organizados em todos os níveis estruturais,
desde as células e substâncias intercelulares até os órgãos.
O termo tecido é usado para descrever um grupo de células encontradas juntas no corpo.
Dentro de um tecido, as células compartilham uma origem embrionária comum. Embora
existam muitos tipos de células no corpo humano, elas são organizadas em quatro grandes
categorias de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Observe, na Figura 3, uma
descrição e um esquema de cada tipo de tecido.
De forma geral, podemos dizer que o tecido epitelial, também conhecido como epitélio,
refere-se às folhas de células que cobrem as superfícies externas do corpo, revestem as
cavidades e as passagens internas e formam certas glândulas. O tecido conjuntivo, como o
próprio nome indica, une as células e os órgãos do corpo e tem como funções a proteção,
o suporte e a integração de todas as partes do corpo. O tecido muscular é excitável,
respondendo à estimulação e contraindo-se para fornecer movimento. São três os tipos
principais: músculo esquelético (voluntário), músculo liso e músculo cardíaco no coração.
O tecido nervoso também é excitável, permitindo a propagação de sinais eletroquímicos
na forma de impulsos nervosos que se comunicam entre diferentes regiões do corpo.
Cada uma dessas categorias é caracterizada por funções específicas, que contribuem para
a saúde geral e a manutenção do corpo. Uma ruptura da estrutura é sinal de lesão ou
doença.