ATIVIDADE 3 – PED – METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA – 53_2024

ATIVIDADE 3 – PED – METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA – 53_2024

 

QUESTÃO 1

Considere os excertos de texto a seguir:

 

Texto I: O termo diversidade cultural remete ao conjunto de culturas que convivem dentro de uma mesma população e/ou nação. A cultura brasileira, por exemplo, recebeu contribuições de diferentes povos, com destaque para indígenas, europeus e africanos. O resultado das influências dessas populações, como línguas, danças, festas, entre outros aspectos, indicam o cenário de diversidade cultural do território brasileiro. Assim, o conceito de diversidade cultural perpassa todas as práticas relacionadas à cultura de um povo.

 

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/diversidade-cultural-no-brasil.htm. Acesso em: 20 maio 2024.

 

Texto II: De acordo com os dados do último censo do IBGE, o Brasil é um país marcado por uma rica diversidade cultural, resultado da miscigenação de diferentes etnias ao longo de sua história. A população brasileira é composta por uma variedade de grupos étnicos, incluindo indígenas, descendentes de europeus, africanos, asiáticos e de diversas outras origens. Essa diversidade se reflete não apenas na composição étnica da população, mas também na cultura, nas tradições, nas línguas e nas expressões artísticas presentes em todo o país.

 

Fonte: Site do IBGE disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 maio 2024.

 

Considerando a diversidade cultural brasileira e os dados do último censo do IBGE, analise as seguintes afirmativas:

 

1. A miscigenação étnica é um dos principais elementos que contribuem para a diversidade cultural do Brasil, conforme mencionado no texto de referência.
2. Os descendentes de africanos são uma parte significativa da população brasileira, mas não representam a maior parcela. A diversidade étnica é marcante, com contribuições de diferentes grupos prioritários, como os norte-americanos.

III. As expressões artísticas e culturais brasileiras são influenciadas por uma variedade de tradições étnicas, refletindo a diversidade cultural do país.

1. A língua portuguesa é a língua oficial do Brasil, conforme estabelecido pela Constituição, e é amplamente falada em todo o território nacional.

 

É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

 Alternativa 1 – I e II.

 Alternativa 2 – I e III.

 Alternativa 3 – II e III.

 Alternativa 4 – III e IV.

 Alternativa 5 – I, III e IV.

 

QUESTÃO 2

A preocupação com as temáticas relacionadas à cultura indígena se fortaleceu nos discursos acadêmicos e governamentais, no âmbito da Constituição Brasileira de 1988, e prosseguiu ganhando espaço e relevância na década de 1990. Contudo, foi apenas com a Lei nº 11.645 de março de 2008, que ficou estabelecida uma obrigatoriedade da temática indígena nas esferas educacionais brasileiras.

 

Nesse sentido, é preciso que os alunos da Educação Básica sejam capazes de:

Alternativas

 Alternativa 1 – Entender apenas a perspectiva dominante da história brasileira.

 Alternativa 2 – Desconsiderar a diversidade cultural existente no Brasil.

 Alternativa 3 – Reconhecer e valorizar a importância da cultura indígena na formação da identidade brasileira.

 Alternativa 4 – Ignorar a contribuição dos povos indígenas para a preservação do meio ambiente.

 Alternativa 5 – Excluir as discussões sobre os direitos indígenas nos debates sociais.

 

QUESTÃO 3

A abordagem “O EU, O OUTRO, O NÓS” proposta na BNCC para o ensino de história busca promover uma reflexão crítica sobre as relações entre indivíduos, grupos sociais e culturas ao longo do tempo. Essa perspectiva incentiva os estudantes a compreenderem a diversidade de experiências humanas, reconhecendo a pluralidade de identidades e culturas existentes na sociedade. Além disso, ela destaca a importância de entender como as interações entre diferentes grupos moldaram e continuam a moldar as dinâmicas sociais, políticas e econômicas.

 

A partir desta afirmação, analise as asserções a seguir e relacione-as com a abordagem “O EU, O OUTRO, O NÓS” proposta na BNCC para o ensino de história:

 

I.A abordagem “O EU, O OUTRO, O NÓS” estimula os estudantes a investigarem suas próprias identidades e a compreenderem a diversidade cultural, incentivando assim uma reflexão crítica

sobre as relações entre indivíduos e grupos ao longo do tempo.

 

PORQUE

 

1. Essa abordagem enfatiza a superioridade de determinadas identidades culturais sobre outras, reforçando estereótipos e preconceitos étnicos.

 

Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:

Alternativas

 Alternativa 1 – As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

 Alternativa 2 – As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

 Alternativa 3 – A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.

 Alternativa 4 – A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda uma proposição verdadeira.

 Alternativa 5 – Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.

 

QUESTÃO 4

Considere o excerto de texto a seguir:

ANCESTRALIDADE E PERTENCIMENTO

A escola é um espaço de diversidade e de convivência de crianças e jovens de diferentes origens. Para além dos estudos e conquista de conhecimentos, é um local para a formação de cidadãos. Logo, seu papel é crucial na superação de preconceitos e na promoção de uma educação antirracista. Mas, para que isso ocorra, é necessária uma mudança de comportamento em sala de aula.

Lavini Castro, mestre em Relações Étnico Raciais pelo PPRE/CEFET-RJ e idealizadora da Rede de Professores Antirracistas, afirma que não há mais um ideal humano a ser seguido, mas a percepção da diversidade histórico e cultural dos diferentes grupos que compõem a sociedade.

“Estudantes negros e negras se sentem acolhidos, percebem-se contribuidores da história e da sociedade. E isso traz noção de pertencimento e orgulho, principalmente quando evidenciamos histórias de luta e resistência. Estudantes brancos e brancas percebem-se como mais um grupo da sociedade. Isso contribui para o empoderamento dos primeiros e a quebra de um ideal humano para os segundos. Afinal, todos passam a se sentir outros na relação”, detalha.

A inclusão de pautas afirmativas no currículo escolar e a ampliação do debate proporcionam aos alunos reconhecimento de sua identidade, autoaceitação e resgate cultural da sua ancestralidade.

“Esses alunos passam a se perceber, a reconhecer sua negritude como característica estética, histórica e cultural, passando a se aceitar. Principalmente quando trabalhamos evidências positivas e representatividade negativa e quando ensinamos que o problema do racismo é estrutural, institucional e até mesmo cotidiano. Pessoas negras não têm culpa do racismo, mas são as vítimas dessa estrutura”, constata Lavini.

 

Fonte: https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/cultura-afro-brasileira/#. Acesso em: 20 maio 2024.

 

A partir de sua leitura, o papel da escola na promoção de uma educação antirracista, de acordo com o texto é:

Alternativas

 Alternativa 1 – Limitar o debate sobre diversidade para evitar conflitos entre os alunos.

 Alternativa 2 – Incentivar a perpetuação de estereótipos raciais entre os estudantes.

 Alternativa 3 – Proporcionar aos alunos o reconhecimento de sua identidade e resgate cultural de sua ancestralidade.

 Alternativa 4 – Reforçar a ideia de que o racismo é apenas um problema individual, não estrutural.

 Alternativa 5 – Ignorar a diversidade histórica e cultural dos diferentes grupos que compõem a sociedade.

 

QUESTÃO 5

Considere o excerto de texto a seguir:

 

“Ensinar História é um exercício de compreensão do tempo humano, do encontro com o outro e da transformação do sujeito. Nesse processo, os alunos não apenas absorvem conhecimento histórico, mas também se constituem como sujeitos históricos, capazes de refletir criticamente sobre o mundo em que vivem”.

 

Fonte: BITENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. Editora Contexto, 2011.

 

A partir desta afirmação, analise as afirmativas a seguir:

 

1. Através do estudo da história, as crianças aprendem a compreender o mundo ao seu redor e cultivam empatia ao entenderem as experiências e perspectivas de diferentes pessoas ao longo do tempo.
2. O estudo da história ajuda no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças porque proporciona oportunidades para análise crítica e compreensão empática de diferentes perspectivas ao longo do tempo.

III. Ensinar história é transmitir conhecimento factual, sem considerar o desenvolvimento dos alunos como sujeitos históricos ativos.

1. O ensino de história não contribui para a formação crítica dos alunos, sendo uma atividade de memorização de datas e eventos passados.

 

É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

 Alternativa 1 – I e II.

 Alternativa 2 – I e III.

 Alternativa 3 – II e III.

 Alternativa 4 – III e IV.

 Alternativa 5 – I, II e IV.

 

QUESTÃO 6

Considere as reflexões de Mário Sergio Cortella:

 

“A avaliação tem a finalidade de reorientar o aprendizado e o conteúdo. No passado não muito distante (e muitos ainda o fazem), quando uma classe começava a bagunçar, o professor dizia: “Guardem todo o material. Prova, sem consulta”. Qual o sentido dessa frase? Que a avaliação servirá como instrumento de autoridade e controle, o que muda completamente a lógica da avaliação. Precisamos, de maneira criteriosa, distinguir o que é antigo do que é velho” (CORTELLA, 2014, p. 62).

 

Fonte: CORTELLA, Maria Sergio. Educação, Escola e Docência: novos tempos, novas atitudes. São Paulo: Editora Cortez, 2014.

 

Usando como referência o excerto de texto e analisando sobre a perspectiva da avaliação no processo pedagógico, analise as afirmativas a seguir:

 

1. A avaliação tem como objetivo principal reorientar o aprendizado e o conteúdo.
2. No passado, muitos professores utilizavam a prova como meio de manter a ordem na sala de aula.

III. Segundo Cortella, a avaliação deve ser utilizada como ferramenta de autoridade e controle.

1. O autor ressalta a importância de distinguir entre o que é antigo e o que é velho na prática educacional.

 

É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

 Alternativa 1 – I e II.

 Alternativa 2 – I e III.

 Alternativa 3 – II e III.

 Alternativa 4 – III e IV.

 Alternativa 5 – I, II e IV.

 

QUESTÃO 7

Considere o excerto de texto a seguir:

 

“Na formação das crianças, é fundamental promover o entendimento de que a história é um processo contínuo de construção, desconstrução e reconstrução de conhecimentos sobre o passado, que se dá tanto pela identificação das permanências e rupturas quanto pela compreensão da diversidade de experiências e modos de vida das diferentes sociedades ao longo do tempo e do espaço”.

 

Fonte: BRASIL, Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ministério da Educação. Brasil, 2017. p. 213.

 

A partir da leitura deste excerto, é possível inferir que:

 

1. O excerto de texto explicita que o ensino de História no Ensino Fundamental deve se concentrar na compreensão da história como um processo dinâmico, onde os alunos aprendem sobre mudanças e continuidades ao longo do tempo e em diferentes sociedades.

 

PORQUE

 

1. Para ensinar história enfatiza-se os eventos históricos mais relevantes e amplamente reconhecidos, deixando pouco espaço para a compreensão das diversidades de experiências e modos de vida das diferentes sociedades.

 

Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:

Alternativas

 Alternativa 1 – As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

 Alternativa 2 – As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

 Alternativa 3 – A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.

 Alternativa 4 – A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda uma proposição verdadeira.

 Alternativa 5 – Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.

 

QUESTÃO 8

Ana, uma estudante de pedagogia, está estagiando em uma escola de Educação Básica, e planeja uma aula sobre cultura indígena e africana para sua turma de 5º ano. Ela reconhece a importância de abordar essas temáticas de maneira sensível, respeitosa e informativa. Ao elaborar seu plano de aula, Ana se depara com diversas opções de recursos pedagógicos para enriquecer os debates em sala de aula. Ela precisa decidir quais recursos utilizar para garantir uma abordagem completa e inclusiva das culturas indígena e africana.

Considerando a diversidade cultural presente no Brasil, especialmente a rica herança das culturas indígena e africana, Ana deve selecionar aquelas que oferecem uma abordagem ampla e sensível, promovendo uma compreensão profunda e respeitosa das realidades históricas e contemporâneas desses povos. A seguir apresentam-se recursos pedagógicos para Ana escolher:

 

1. Utilizar a Carta de Caminha para explicar os primeiros contatos e as diferenças culturais entre índios e portugueses.
2. Incorporar cartas escritas por jesuítas sobre o processo de catequização dos ameríndios, além de imagens, músicas e reportagens atuais sobre a situação dos indígenas no Brasil.

III. Integrar documentos escritos, músicas, poesias e relatos de racismo contemporâneos para discutir a questão africana.

1. Realizar entrevistas com líderes indígenas e afrodescendentes para proporcionar uma perspectiva atual e autêntica sobre suas culturas, desafios e lutas.

 

É correto o que se afirma em:

Alternativas

 Alternativa 1 – II e III, apenas.

 Alternativa 2 – I, II e III, apenas.

 Alternativa 3 – I, III e IV, apenas.

 Alternativa 4 – II, III e IV, apenas.

 Alternativa 5 – I, II, III e IV.

 

QUESTÃO 9

Considere o caso hipotético a seguir:

 

Em uma escola de Educação Infantil na região Sul do Brasil, o educador João, após refletir sobre a importância da valorização da diversidade, decidiu implementar mudanças significativas em sua prática pedagógica para promover um ambiente mais inclusivo e empático para as crianças.

 

Situação 1: Valorização da Diversidade Capilar

Durante uma atividade de elogiar as características físicas das crianças, João elogiou o cabelo de uma criança, que prontamente comparou seu cabelo com o da mãe, destacando suas diferenças. Isso levou João a perceber que suas práticas cotidianas poderiam influenciar a percepção das crianças sobre si mesmas e sobre os outros. Decidindo agir, João introduziu mudanças nas rotinas de cuidado com os cabelos. Ele também incentivou brincadeiras que promoviam a apreciação das características únicas de cada criança.

 

Situação 2: Explorando a Diversidade Alimentar

Durante a recepção de famílias de diferentes regiões do Brasil, uma criança compartilhou suas preferências alimentares, que contrastavam com as da maioria do grupo. Isso levou João a refletir sobre a importância de expor as crianças a diferentes culturas e tradições alimentares desde cedo. Propôs então a organização de vivências gastronômicas, onde as crianças pudessem experimentar alimentos típicos de diferentes regiões do país.

 

A partir da leitura do caso hipotético, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

 

1. João, ao introduzir mudanças nas rotinas de cuidado com os cabelos, priorizou apenas um tipo de textura capilar, ignorando deliberadamente as necessidades e preferências das crianças com cabelos lisos. Ele demonstrou uma clara defesa da perpetuação de padrões estéticos excludentes e prejudiciais.

 

PORQUE

 

1. Diferente da primeira situação, na segunda João introduziu vivências gastronômicas com alimentos típicos de diferentes regiões do Brasil promovendo o respeito e a valorização da diversidade cultural entre as crianças da Educação Infantil. Essas atividades não apenas expandiram o repertório alimentar das crianças, mas também incentivaram o entendimento e a aceitação das diferentes culturas presentes no país.

 

Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:

Alternativas

 Alternativa 1 – As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

 Alternativa 2 – As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

 Alternativa 3 – A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.

 Alternativa 4 – A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda uma proposição verdadeira.

 Alternativa 5 – Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.

 

QUESTÃO 10

A professora Catarina está planejando suas aulas para sua turma da Educação Infantil e, para tanto, se fundamentou na obra de Piaget “A noção de tempo na criança” (2002), para distinguir dois tipos de apreensão temporal: o tempo físico e o tempo vivido, porque sabe que a criança é capaz de considerer a diversidade temporal.

 

Fonte: PIAGET, J. A noção de tempo na criança. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

 

Sendo assim, qual conceito de temporalidade na criança foi considerado por Catarina ao planejar suas aulas para a turma da Educação Infantil, baseando-se na obra de Piaget “A noção de tempo na criança” (2002)?

 

Alternativas

 Alternativa 1 – A noção de tempo é inexistente na criança.

 Alternativa 2 – A criança apenas compreende o tempo físico, ignorando o tempo vivido.

 Alternativa 3 – A criança distingue apenas o tempo vivido, sem compreender o tempo físico.

 Alternativa 4 – A criança é capaz de compreender tanto o tempo físico quanto o tempo vivido.

 Alternativa 5 – A criança não desenvolve noção de temporalidade até atingir a adolescência.