Com base nas informações apresentadas, podemos constatar que no Brasil há uma predominância da utilização de energia renovável (cerca de 85%) contra 28% a nível mundial. Isso demonstra que nosso país se encontra em uma posição privilegiada nesse quesito. Porém, esse número remete quase que integralmente à utilização de hidrelétricas, que se dá pelas características físicas de nosso território, marcado pela presença de grandes rios de planalto e abundância de água na maior parte do país. Conforme vimos em nosso material e nas referidas reportagens, essa energia não é tão limpa assim, haja vista seus inúmeros impactos socioambientais decorrentes, principalmente, de sua instauração. O Brasil passou em 2021 pela pior crise hídrica em mais de 90 anos, que resultou em uma das maiores crises energéticas de sua história. Com os baixos níveis dos reservatórios nas hidrelétricas, o país se viu forçado a utilizar usinas termelétricas para evitar o risco de apagões ou racionamento, o que elevou o custo da energia, sentido no bolso dos consumidores meses depois. O discurso hegemônico dos nossos governantes, propagados pela grande mídia, é que atualmente ainda são necessárias grandes obras de engenharia para a construção de usinas hidrelétricas em nosso território, haja vista a necessidade de aumento da geração de energia. Embora o Brasil ainda seja altamente dependente da energia hidráulica oriunda das hidrelétricas, existem outras alternativas de energias renováveis menos impactantes, e, portanto, mais “limpas”.

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