Diante da importância alcançada pela língua inglesa nos últimos anos, a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) determina que as aulas de inglês das escolas regulares da Educação Básica precisam estar adequadas à perspectiva do inglês como língua franca (ILF). “Agora norteada pela BNCC, a proposta para o ensino-aprendizagem de inglês volta-se ao ‘status de língua franca” (BRASIL, 2017, p. 241), o que implica reconhecer que uma comunicação efetiva não depende da conformidade com a norma padrão, e, por via de consequência, que professores e estudantes desse idioma, já que adotam um processo de ensino-aprendizagem embasado nos pressupostos do Inglês como Língua Franca (ILF), são falantes legítimos desse idioma, cujas identidades, línguas e culturas enriquecem o processo interacional. Isso posto, entendemos que, apesar de o termo ILF ser polissêmico e produzir uma complexa teia de sentidos (DUBOC, 2019), assumir o ILF é, em suma, quebrar com o estereótipo do falante (monolíngue) nativo que dominou o ensino de inglês por tanto tempo (GIMENEZ et al., 2015; WIDDOWSON, 2015). De uma forma sintetizada, podemos dizer que, “enquanto a perspectiva do inglês como língua estrangeira procura situar o aprendiz como um ‘nativo imperfeito’, a do inglês como ‘língua franca’ requer a transcendência de uma identificação marcada pelo território geográfico ou linguístico” (EL KADRI; GIMENEZ, 2013, p. 125).

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