No artigo exposto, você poderá compreender melhor o processo de envelhecimento. Como
esteticista, é possível intervir parcialmente nesse processo com tratamentos preventivos, como o
microagulhamento. Essa técnica, já estudada anteriormente, pode ser utilizada para melhorar os
aspectos do tecido, antes de procedimentos intradérmicos como Botox e preenchedores.
Durante o processo de envelhecimento cutâneo, há moderada diminuição dos vasos sanguíneos, o
que prejudica o processo de cicatrização e diminuição da absorção da pele (MAIO, 2011). Além disso,
uma das alterações identificadas no processo de avaliação é hidratação, sendo esse um fator
importante para que as técnicas utilizadas tenham resultados satisfatórios, como o preenchimento
quando utilizado ácido hialurônico.
O ácido hialurônico é uma substância muito utilizada na estética, porém, se a pele não estiver
hidratada, a absorção da substância pode sofrer alteração e o resultados do preenchimento não será
satisfatório. Além desse fator, é importante o consumo de água.
Observe, a seguir, alguns fatores importantes no processo de envelhecimento que devem ser
considerados na hora da construção de um programa de tratamento:
Reparo do tecido é mais lento;
Ocorre perda do tecido subcutâneo, gerando flacidez;
Ocorre alteração estrutural do colágeno;
As glândulas secretam menos.
O processo de envelhecimento é complexo e dinâmico, necessitando de conhecimento amplo
sobre a pele. A aplicação de uma determinada substância na pele e seus efeitos podem estar
relacionada com o conhecimento e a composição dos procedimentos.
Os fatores de hidratação da pele, conhecidos como NMF, é composto de diversos ingrediente, como:
aminoácidos, ureia, potássio, cálcio, magnésio, cloreto, sódio, entre outros. Também uma porção
lipídica faz parte dessa composição como cerâmidas e ácidos graxos (PEREIRA, 2013).
Entendendo a pele e suas características, o profissional precisa equilibrar esses fatores para que a
pele, uma vez com sua hidratação em homeostasia, possa permitir e receber diversos tratamentos e
ser beneficiada com as melhorias.
Observe dois exemplos de tratamentos pré-procedimento intradérmico:
Exemplo de Tratamento pré-microagulhamento.
1a Sessão: limpeza de pele;
2a Sessão: hidratação Facial;
3a sessão: microagulhamento.
A primeira sessão inicia com o preparo da pele através da limpeza, removendo a sujidade – não
sendo obrigatório. Em alguns casos, a cliente já realiza o procedimento com frequência e muitas
vezes não se faz necessário. Na sequência, indica-se a hidratação, equilibrando o mando
hidrolipídico, podendo ser realizado com cosméticos e associada à eletroterapia. Dentre os
aparelhos, podemos indicar a tradicional ionização, assim como a microcorrentes, e até uma Led. Na
terceira sessão, a aplicação de microagulhamento irá estimular os fibroblastos a sintetizar o
colágeno, melhorando o aspecto do tecido assim como diminuir a profundidade das linhas através
do preenchimento que ocorre pelo deposito de colágeno.
Uma opção de tecnologia para auxiliar no estímulo das linhas pode ser o vácuo, a realização de
deslizamento com o eletrodo de vidro estimula a circulação. Essa técnica pode ser associada na
sessão de hidratação. Lembrando que quanto mais estímulos e hidratação para a pele, melhores
resultados com o microagulhamento.
A associação de técnicas no pré-microagulhamento pode levar a uma produção de colágeno com
mais qualidade e organizado.
Exemplo pré-aplicação de ácido hialurônico:
Limpeza de pele;
Hidratação cosmética;
Revitalização com microcorrentes;
Revitalização com microcorrentes;
Aplicação injetável do ácido hialurônico.
Nesse exemplo, ocorreu o preparo da pele com a limpeza; na sequência, a hidratação cosmética e a
utilização de microcorrentes em duas sessões. O objetivo de associar microcorrentes é aumentar
ATP (energia celular) e melhorar a qualidade do tecido, oxigenação e hidratação. Na finalização, há a
aplicação do ácido hialurônico em uma pele revitalizada.