Essa descoberta provocou uma grande mudança nos hábitos alimentares de todo o mundo. Foi possível inserir espécies de alimentos nunca vistos, por exemplo, a batata, o milho, o tomate, o amendoim, o pimentão, o feijão, o cacau e o aipim.

Projeto Integrador Transdisciplinar em Gastronomia

Falando sobre Novas Tendências na Gastronomia – Novas
Perspectivas
Num primeiro momento, é necessário entender e conhecer a história e a cultura da gastronomia
mundial, observando os traços característicos da gastronomia de diferentes regiões e países
espalhados pelos continentes americano, europeu, africano, asiático e da Oceania.

De posse desse entendimento acerca da evolução histórica, é possível interpretar a evolução da
gastronomia e a evolução que envolve o homem, o tempo, o conhecimento e a tecnologia. A
evolução da gastronomia começa com a descoberta do fogo, seguindo até os incríveis
equipamentos tecnológicos dentro de uma cozinha e os avançados softwares de gestão para o
controle de todos os setores de um restaurante. A evolução, portanto, é sinônimo de transformação,
inovação, agilidade e progresso.

Não podemos esquecer que cada região possui seus próprios temperos e ingredientes específicos,
de tal modo que os alimentos são preparados mediante a disponibilidade de insumos de cada povo,
representando assim, o resultado do intercâmbio entre o homem e o meio ambiente. O ato de se
alimentar envolve muitos outros fatores, dentre eles: fatores sociais, religiosos, culturais, climáticos e
econômicos. Ao fim, cada região desenvolve o seu gosto e ele acaba se difundindo pelo mundo.

Gastronomia das Américas
A gastronomia no continente americano é fortemente influenciada pelas cozinhas de várias regiões
e países europeus, bem como pela culinária dos povos Pré-Colombianos indígenas: astecas, incas e
maias.

A América foi descoberta em consequência das Grandes Navegações, que tinham como principal
objetivo a busca de especiarias na Índia. Essa descoberta provocou uma grande mudança nos
hábitos alimentares de todo o mundo. Foi possível inserir espécies de alimentos nunca vistos, por
exemplo, a batata, o milho, o tomate, o amendoim, o pimentão, o feijão, o cacau e o aipim.

Com o passar do tempo, produtos de origem americana acabaram incorporados a preparações
tipicamente regionais de diversos países pelo mundo, por exemplo, o milho na polenta italiana, o
tomate no molho para pizzas e espaguetes, também italianos; os pimentões, que, depois de
desidratados e moídos, se transformam em páprica, um ingrediente fundamental do goulash
húngaro; e o cacau, que entrou na produção dos famosos chocolates belgas e suíços. Esses são
apenas alguns exemplos dentre muitos outros que podem ser identificados, já que as trocas foram (e
continuam sendo) constantes.

Atualmente, a gastronomia da América conta com diferentes pratos preparados com milho, aipim,
trigo e batatas. Esses pratos carregam uma mistura de influências, resultado das importações de
imigrantes ou ainda de adaptações regionais, como, por exemplo: no México podemos encontrar
Tortilla, Burrito, Taco, Nacho, entre outros; já no Peru, contamos com pratos como o Ceviche.

É importante destacar que citamos o exemplo de dois países, mas em cada região ou país, a
gastronomia sempre apresenta uma referência alimentar que compõe a gastronomia mundial.
Devemos ainda destacar o Brasil, que possui uma extensa área territorial distribuída nos diferentes
estados brasileiros. Nessas regiões tão distintas entre si encontramos uma grande variedade de
ingredientes, além de valores culturais e religiosos que enriquecem nossa gastronomia.

Gastronomia Europeia
Quando mencionamos a gastronomia internacional, logo relacionamos o “Velho Continente”
(Europa), considerado o “berço” da alta gastronomia! Mérito dos países europeus, que foram os
principais responsáveis pelo desenvolvimento de técnicas, de preparações clássicas (bases), além
de serem precursores de quase todos os termos utilizados pelo mundo gastronômico em todo o
planeta.

Cabe destacar que países como Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal são países
responsáveis pela enorme herança gastronômica mundial. Essas nações contemplam a Cozinha
Clássica Mundial, representada pelo uso de técnicas tradicionais que foram sendo modificadas ao
longo do tempo por conta da necessidade da adoção de novos padrões e de novas práticas na
cozinha, bem como em decorrência dos variados tipos de recursos e insumos existentes nas
diferentes localidades do mundo.