Fisioterapia na Saúde da Criança e do Adolescente
Ao fisioterapeuta que atua na saúde da criança e do adolescente é exigido um conhecimento amplo
que se inicia com a compreensão que vai desde o momento da gestação, identificando as etapas do
desenvolvimento humano, associados aos principais marcos motores, sensoriais e cognitivos,
possibilitando identificar as necessidades neonatais da criança e do adolescente típicos (sem
alterações) ou atípicos (com diagnóstico de alguma patologia, deficiência ou limitação).
O(a) profissional que trabalha na área da criança e do adolescente, atua nas seguintes faixas etárias:
Estágio pré-natal (concepção até nascimento) – o recém-nascido é aquele com idade
entre zero a 28 dias;
Primeira infância (nascimento até 3 anos);
Segunda infância (3 a 6 anos);
Terceira infância (6 a 12 anos);
Adolescência (12 a 20 anos).
Nesse campo de atuação, é utilizado terapias pensadas por meio da estimulação precoce,
ludicidade, jogos e brincadeiras, pois atuar com esse público requer um mundo de possibilidades
que são pensadas na realidade da criança e do adolescente. As doenças que são tratadas podem ser
de cunho congênito ou adquiridas depois do nascimento.
Tradicionalmente, existem muitas patologias, transtornos e síndromes que esse profissional atua,
sendo as mais comuns:
Paralisia cerebral;
Síndrome de Down;
Distrofia Muscular de Duchenne;
Distrofia Muscular de Becker;
Hidrocefalia;
Microcefalia;
Espinha bífida;
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade Transtorno do Espectro Autista;
Alterações Sensoriais;
Atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor;
Doenças respiratórias;
Patologias ortopédica;
Fratura;
Pacientes queimados;
Pé torto congênito;
Chacort-Marie-Tooth;
Mielomeningocele;
Síndrome de Angelman;
Legg-Calvé-Perthes;
Trauma Cranioencefálico (TCE), dentre outras.
O tratamento fisioterapêutico deve ser elaborado por meio de uma avaliação minuciosa, respeitando
a individualidade da criança/adolescente, visando a integração da família nesse contexto
terapêutico, pois na essência da CIF, a participação familiar tem grandes chances de ser um
facilitador. Com a inserção correta da fisioterapia pediátrica, é possível reverter ou minimizar agravos
e atrasos no desenvolvimento do indivíduo, evitando em muitos casos a necessidade futura de
tratamentos farmacológicos ou cirúrgicos. Isso porque a fisioterapia pediátrica pode corroborar
positivamente com o desenvolvimento de diversas habilidades nas crianças. Ademais, o(a)
profissional deve pôr em prática o conhecimento acerca das medidas preventivas e a intervenção
fisioterapêutica mais apropriada para cada patologia, transtornos e alterações mais prevalentes
durante essa etapa do ciclo vital, além de prescrever se necessário, utilização de órteses, próteses,
dispositivos auxiliares, dentre outros fomentos, aplicar técnicas e recursos específicos para as etapas
do crescimento e do desenvolvimento humano.
Chegamos ao final da nossa Unidade de estudo e percebemos que, ao se tratar de estratégias para
atuar com pacientes diversos, é fundamental o(a) profissional possuir articulação para atender as
mais variadas demandas, voz ativa, raciocínio clínico multidimensional, atender sob a ótica das
práticas baseadas em evidência científica pautada na CIF e na abordagem biopsicossocial. Não se
esqueça que o foco atual é na funcionalidade humana centrado no conhecimento científico, respeito
e olhar humanizado.