Fase III
Na Fase III de um projeto interdisciplinar, a integração de conhecimento passa por disciplinas como
sistemática da exportação e sistemática de importação, gestão aduaneira e teoria e prática cambial.
Essas disciplinas permitem que você, caro aluno, entenda a operacionalidade da exportação e da
importação, que leia os controles administrativos, financeiros e fiscais, bem como os sistema de
comunicação criados pelo governo, como o Portal do Comércio Exterior e os sistemas de controles
aduaneiros.
Nesta parte do projeto integrador, os conhecimentos devem resultar na efetiva saída dos produtos
negociados do país, no caso da exportação, e na entrada efetiva, no caso da importação. O gestor da
exportação deve adequar a empresa e a operação às regras de controle estabelecidas pelo governo
federal, a saber, tanto o controle comercial, como o aduaneiro e financeiro das negociações com o
exterior.
Segundo Fontes (2018), fazem parte da Fase III os registros das operações comerciais externas, as
questões relativas à desnacionalização (despacho aduaneiro) e a liquidação financeira que necessita
de uma operação cambial junto à rede bancária nacional. Os processos nesta fase de
operacionalização envolvem contratos com fornecedores de serviços diversos. Serviços como o
aduaneiro, o cambial e aqueles de natureza administrativa, costumam ser relacionados aos parceiros
dos quais a empresa necessita para a execução desses processos; é o caso de despachantes
aduaneiros, dos agentes de cargas e das corretoras de câmbio (FONTES, 2018).
As atividades operacionais seguem um processo administrativo que começa com o cadastro da
empresa na Receita Federal do Brasil e avança para outros processos, conforme abaixo:
pouco mais para que você amplie seu entendimento sobre o tema
operações de comércio exterior.
O cadastramento na Receita Federal e o pedido de venda ao
governo;
A operação de câmbio da exportação: o recebimento dos Reais;
A preparação da carga para o exterior: o despacho aduaneiro;
A averbação do despacho aduaneiro;
A remessa de documentos ao importador;
O recebimento dos reais da exportação: a operação de câmbio.
A última fase de um projeto de exportação envolve uma particularidade da negociação externa que
diz respeito à operacionalização da compra ou venda no ambiente interno. Os controles
determinados pelo governo federal assumem contornos em pelo menos três grandes áreas:
comercial, financeira e fiscal (NYEGRAY, 2016).
Uma vez que a empresa declara ao governo sua venda ou sua compra e prepara a mercadoria para
enviar ao exterior, ou para dele receber, ela necessita de parceiros e serviços diversos nos recintos
aduaneiros primários e secundários, explica Nyegray (2016). Tais serviços representarão custos
diversos para as empresas exportadoras e devem ser objeto de determinação no projeto de
exportação e importação. Parceiros como agentes de cargas e despachantes aduaneiros fazem parte
da carteira de fornecedores de serviços, além dos serviços de embarque nos terminais (NYEGRAY,
2016).
A etapa do projeto que diz respeito ao controle financeiro regido pelo Banco Central do Brasil –
Bacen, que é responsável pela política cambial, obriga as empresas a firmarem uma parceria com as
corretoras de câmbio. Fontes (2018), também declara que a empresa pode considerar plausível
fazer operações de hedge, que o mercado financeiro oferece a partir de operações futuras de
câmbio, e operações de swap exportação, com o objetivo de proteger-se do risco cambial e ainda
ter a possibilidade de algum ganho financeiro. É nesse tipo de relação com o mercado financeiro
que as empresas têm contato com o banco, mais especificamente para realizar a troca da moeda
estrangeira pela moeda local a partir de um contrato de câmbio.
Em um projeto de exportação, a questão financeira é muito sensível, tendo em vista que os custos na
fase pré-embarque e pós-embarque são altíssimos; isso sem contar as despesas de distribuição
externa com agentes de vendas, entre outros. Nesse aspecto, vários são os teóricos, como Silva
(2020), Caparroz (2019), Nyegray (2016) e Fontes (2018), que sugerem a escolha de uma forma de
pagamento que ofereça menor risco, assim como recomendam o uso de instrumentos financeiros
específicos do comércio exterior, como cartas de crédito ou linhas de financiamento do BNDES –
Exim – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – Exportação e Importação.