Hoje em dia, segundo a leitura de autores como Dornellas (2016) e devido à evolução dos modelos gerenciais, o mais provável é que quando ouvimos a expressão Empreendedorismo já vislumbremos tal prática como sendo uma característica inerente a indivíduos capazes de transformar uma boa ideia em um negócio de sucesso.

Projeto Integrador Transdisciplinar em
Empreendedorismo I

Conversa Inicial
Empreendedorismo consiste na capacidade de se identificar novas oportunidades de negócios,
independentemente dos recursos que se apresentam e que se mostrem capazes de gerar novas
soluções para velhos problemas.

Harvard Business School
Seja muito bem-vindo(a) à nossa disciplina, na qual teremos contato com uma série de temas,
conceitos e metodologias da mais elevada pertinência e atualidade. Hoje em dia, segundo a leitura
de autores como Dornellas (2016) e devido à evolução dos modelos gerenciais, o mais provável é
que quando ouvimos a expressão Empreendedorismo já vislumbremos tal prática como sendo uma
característica inerente a indivíduos capazes de transformar uma boa ideia em um negócio de
sucesso.

Assim, o ato de empreender mais do que uma mera arte (ou quiçá, um dom) pressupõe a aquisição, e
a subsequente infusão, de um conjunto amplo de técnicas, de processos e de saberes que somente
são assimilados por meio de esforço e dedicação contínua (FERNANDES; BERTON, 2012), ação que
precisa se manter constante por um longo período. Assim sendo, desde este início da nossa
exposição, devemos estar plenamente cientes de que ninguém nasce empreendedor, de tal forma
que: o empreendedorismo, como saber e prática, é algo que é moldado e continuamente
aperfeiçoado ao longo da vida.

Tal leitura em torno do Empreendedorismo (como conjunto de práticas e saberes que estão em
constante processo de evolução e aperfeiçoamento) começou a tomar forma na passagem do
século XIX para o século XX, nos Estados Unidos, por conta do seu intenso processo de
modernização e industrialização. Foi nesse contexto que a Harvard Business School (HBS), fundada em
1908, e tida como um dos maiores centros globais voltados ao estudo do Empreendedorismo, foi
uma das primeiras Instituições de Ensino (e Centro de Pesquisa) a promover a ideia de que os
empreendedores – como futuros gestores, deveriam ser treinados, ao longo da vida, para pensar
estrategicamente e não apenas para atuar como gerentes funcionais.

O mais aceitável, segundo os membros da Harvard Business School, seria a de que um indivíduo
somente estaria apto a empreender caso se mostrasse capaz tanto de pensar estrategicamente
quanto de atuar em termos operacionais, até mesmo porque, como muito bem exemplifica o CEO do
Starbucks, Howard Schultz: “Todo mundo começa forte. O sucesso vem para aqueles que têm um
compromisso inabalável de continuar assim até o fim” (DORNELAS, 2016, p. 32), ou seja, além da
existência de uma boa ideia, de um conjunto de técnicas e das demais balizas metodológicas, o
Empreendedorismo (como desdobramento de uma gestão estratégica) demanda foco,
perseverança e assertividade.

Desse momento histórico em diante, o ato de empreender passou a estar fortemente conectado a
temáticas relacionadas à Administração Estratégica, à Gestão de Projetos e ao Gerenciamento
Operacional (Gestão de Operações) como forma de atender aos três momentos inerentes à Gestão: o
Estratégico, o Tático e o Operacional. Isto é, empreender é um ato que demanda a construção de
uma leitura multi e transdisciplinar, bem como que se mostre capaz de abarcar uma visão assertiva e
holística do negócio a ser desenvolvido.

Por meio da conjuntura apresentada até aqui, a presente aula contará com a seguinte estrutura
metodológica:

Ações Estratégicas e Empreendedorismo – Conceitos fundamentais e alguns
apontamentos históricos;

O atual cenário do Empreendedorismo no Brasil e no Mundo;

Estrutura empresarial e ações estratégicas de uma Organização;

Cultura Empresarial e as Políticas Organizacionais;

Os planos estratégicos e a gestão de projetos.

Ações Estratégicas e Empreendedorismo
Segundo Maximiano (2017), a palavra empreendedor vem do latim imprendere, e pode significar:
“colocar em execução”, “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” e “colocar em prática algum projeto
ou ideia”, dentre outras leituras similares.

A expressão, em sua essência, tem o mesmo significado da palavra inglesa entrepreneurship, ao
designar: o comportamento do empreendedor ou, ainda, o chamado espírito empreendedor.
Maximiano (2017, p. 22) prossegue a sua análise ao determinar que: “a ideia de um espírito
empreendedor está associada a pessoas realizadoras que, dentre outras ações, mobilizam recursos,
buscam conhecimentos e correm riscos para iniciar organizações focadas em novos negócios”.

Quando falamos em Empreendedorismo é muito importante que saibamos, de antemão, alguns
conceitos que balizam tal disciplina e campo de conhecimento. Assim sendo, podemos destacar que:
“empreender consiste na oportunidade de se realizar algo com elevada possibilidade de sucesso”
(DORNELLAS, 2016, p. 17).

Dessa forma, mais do que uma boa ideia, o empreendedor é aquele indivíduo que procura, por meio
de pesquisas e de análises técnicas do Mercado, potencializar a viabilidade (técnica, mercadológica
e financeira) do seu respectivo negócio.