MAPA – NUT – NUTRIÇÃO HUMANA – 52_2024
A hipovitaminose A é uma condição de deficiência de vitamina A que continua a ser um problema de saúde pública em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. Apesar dos esforços para melhorar a nutrição e a saúde das populações, a deficiência de vitamina A ainda afeta significativamente a saúde de crianças e adultos em várias regiões do Brasil. Estima-se que a prevalência da hipovitaminose A no Brasil varie de acordo com a região geográfica e as condições socioeconômicas das populações. Devido à sua importância para a saúde ocular, imunidade e crescimento, a deficiência de vitamina A continua a ser uma preocupação significativa para os profissionais de saúde e os formuladores de políticas públicas no Brasil (BRASIL, 2013).
A hipovitaminose A é particularmente prevalente em crianças de áreas rurais e de baixa renda no Brasil. A falta de acesso a uma dieta variada e equilibrada, juntamente com condições socioeconômicas desfavoráveis, contribui para a persistência dessa deficiência em muitas comunidades brasileiras. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que crianças menores de cinco anos são especialmente vulneráveis à deficiência de vitamina A, com taxas mais altas de morbidade e mortalidade associadas a doenças infecciosas como o sarampo e a diarreia em áreas em que a hipovitaminose A é endêmica (Batista; Souza; Miglioli, 2019).
Estratégias de intervenção têm sido implementadas no Brasil para combater a hipovitaminose A e melhorar a saúde da população. Programas de suplementação de vitamina A, fortificação de alimentos e educação nutricional são algumas das abordagens utilizadas para prevenir e controlar a deficiência de vitamina A em comunidades vulneráveis. Apesar dos esforços realizados, ainda há desafios significativos a serem enfrentados, como a garantia de acesso universal a alimentos fortificados e suplementos de vitamina A, bem como a educação contínua sobre práticas alimentares saudáveis e nutrição adequada em todas as faixas etárias (BRASIL, 2005).
Fontes:
BATISTA, F. M.; SOUZA, A. I.; MIGLIOLI, T. C. Vitamina A e Saúde Pública. Cadernos de Saúde Pública, [s. l.], v. 25, n. 8, p. 1643-1649, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança. Brasília, DF: MS, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A: Manual de Condutas Gerais. Brasília, DF: MS, 2005.
M. J. F., uma menina de 3 anos, é trazida ao seu consultório por sua mãe com queixas de cansaço, irritabilidade e dificuldade na visão noturna. Sua mãe relata que Maria é uma criança saudável, mas recentemente ela tem notado que sua filha parece mais fraca e menos ativa do que o normal. Maria vive em uma área rural de baixa renda no Brasil, em que a dieta da família é composta principalmente de alimentos locais, como arroz, feijão e algumas frutas, como banana e laranja, cultivados na região. Exames físicos revelam uma criança com palidez leve, pele seca e ceratomalácia bilateral (amolecimento da córnea), indicativa de deficiência de vitamina A. Com base no histórico e nos sintomas apresentados, o médico que a atendeu anteriormente suspeitou de hipovitaminose A e, por isso, decidiu realizar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Ao confirmar a hipovitaminose, o médico falou para a mãe que era importante o acompanhamento do nutricionista, a fim de auxiliar no tratamento dessa condição. Desse modo, responda:
A) DISCORRA diferenciando o retinol, o retinal e o ácido retinoico, destacando suas respectivas composições químicas e principais atuações no organismo.
B) ELABORE uma orientação destinado às mães, destacando a importância da vitamina A para a saúde, alimentos ricos em vitamina A e formas de incluir essa vitamina na alimentação diária de suas crianças. Inclua também uma dica de receita saudável e rica em vitamina A para incentivar hábitos alimentares nutritivos.