Nessa linha de pensamento, deve-se pensar que o processo saúde-doença é conhecido por ser uma expressão utilizada para referenciar todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de uma pessoa ou de uma determinada população e considera que ambas estão integradas e são consequência dos mesmos fatores.

Quando o profissional realizar anamnese com o público infantil, essa entrevista é realizada com a
mãe, pai ou responsável direto, porém deve-se atentar a fala da criança, pois ela tem bastante
importância clínica, assim o(a) fisioterapeuta deve estar atento aos diversos detalhes que podem ir
surgindo nesse contexto. Já com os adolescentes, pode-se dividir a entrevista em dois momentos
distintos: no primeiro momento, a entrevista com a família; e no segundo momento, apenas com o
adolescente. É fundamental que o(a) profissional garanta sigilo acerca das informações coletadas,
pois é de suma importância manter discrição sobre tais relatos.

Vale ressaltar que é necessário realizar uma observação clínica fisioterapêutica multidimensional,
pois esse olhar clínico poderá ser norteador em relação a conduta futura a ser seguida. Geralmente,
cada profissional utiliza sua ficha de avaliação e anamnese conforme as especificidades da área e da
demanda do(a) paciente, visto que o processo de avaliação deve ser direcionado e individualizado.

A anamnese deve ser pautada no modelo biopsicossocial em saúde, pois todos os aspectos são
fundamentais para conhecer o(a) paciente e todos os conceitos que envolvem sua vida, além do
processo de saúde doença. Nesse momento o(a) profissional deverá garantir segurança,
competências, habilidades diversas e sigilo frente ao que foi encontrado durante a
entrevista/avaliação.

Nessa linha de pensamento, deve-se pensar que o processo saúde-doença é conhecido por ser
uma expressão utilizada para referenciar todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de
uma pessoa ou de uma determinada população e considera que ambas estão integradas e são
consequência dos mesmos fatores.

Desse modo, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio
ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a
serviços de saúde (BRASIL, 1986).

Você percebeu até o momento a responsabilidade que o(a) fisioterapeuta possui no cenário de
cuidados? É imprescindível que durante sua atuação profissional, ele priorize o bem-estar, a
qualidade de vida, a autonomia, a independência, o aumento e a preservação da capacidade
funcional, bem como mantenha o foco na funcionalidade, sendo este último conceito, considerado
atualmente essencial durante as sessões de fisioterapia contemporânea.

Aprender a ouvir o(a) paciente deve ser uma das prioridades no que tange às habilidades gerais do(a)
fisioterapeuta no cenário moderno, sendo indispensável então priorizar uma excelente anamnese e
avaliação, pois por meio dessas informações coletadas, possibilidades reais de execução
fisioterapêutica serão de grande importância para se traçar metas e condutas, e assim, é basal o
desenvolvimento do respaldo que envolve a comunicação, articulação social com o(a) paciente,
familiar ou cuidador, bem como uma visão crítica e centrada na saúde geral do(a) paciente.

Seu raciocínio clínico deve ser pautado por meio do conhecimento e do repertório teórico e prático
multidimensional que você foi adquirindo com sua experiência durante sua jornada acadêmica e
profissional, identificando, assim, o olhar clínico para a queixa principal dos(as) pacientes, os aspectos
biopsicossociais que abarcam a saúde desses indivíduos e as possibilidades terapêuticas a serem
inseridas, lembrando-se da especificidade de cada pessoa.