“Outra situação importante que afeta a historiografia é a da contaminação da documentação histórica pela reconstrução da memória coletiva que foi empreendida na época do documento histórico examinado. Assim, por exemplo, Paul Veyne já examinou em maior detalhe a verdadeira ‘guerra de memórias’ que se estabelecia na Roma Imperial, envolvendo a oposição entre os poderes imperial e senatorial. Enquanto os imperadores costumavam confiscar em seu próprio favor a memória coletiva, perpetuando seus nomes nos monumentos públicos e nas inscrições que se espalhavam por todo o espaço público, já o Senado Romano costumava encaminhar a operação inversa assim que o Imperador vinha a falecer, empenhando-se, com a damnatio memoriae, em devolver ao esquecimento o Imperador ao fazer desaparecer seu nome dos documentos de arquivo e das inscrições monumentais.”
I. Os dados históricos sobre a Antiguidade Romana estão terminados, sendo sua historiografia uma verdade incontestável.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa e a II uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.