Biologicamente falando, o envelhecimento – ou senescência, termo que descreve com
mais precisão os processos que ocorrem do ponto de vista biológico – é uma culminação
crônica e normal da perda de mecanismos regenerativos e bioprotetores específicos que
ocorrem ao longo do tempo em um organismo. Praticamente todos os sistemas de órgãos
passam por alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento. Cumulativamente, a
perda de renovação celular, a diminuição da função das membranas mucosas, a caquexia
e a perda de massa muscular esquelética, o aumento da diminuição aterosclerótica na
complacência vascular e a atrofia cerebral contribuem para a variedade de mudanças que
vemos no envelhecimento. É essencial distinguir os processos normais do
envelhecimento das alterações patológicas que ocorrem no contexto da doença, que são
marcadamente mais drásticas em virtude da diminuição ou da perda total dos mecanismos
compensatórios.
Os fatores genéticos respondem por cerca de 25% da variação na expectativa de vida
humana, e os fatores nutricionais e ambientais determinam o restante. Um grande acúmulo
de danos moleculares ocorre em razão das espécies reativas de oxigênio produzidas
durante o metabolismo do oxigênio para produzir energia celular. O dano oxidativo resulta
em:
Danos ao ácido desoxirribonucleico cromossômico nuclear (DNA);
Encurtamento dos telômeros (o envelhecimento está associado ao
encurtamento dos telômeros);
DNA mitocondrial e peroxidação lipídica, resultando em redução da
produção de energia celular e, eventualmente, causando morte
celular.
A taxa de dano é variável, sendo que o ambiente e a nutrição desempenham um papel
relevante no dano oxidativo no envelhecimento do corpo. As vias de sinalização da
insulina são importantes, assim como a inflamação crônica, que impulsiona a produção de
espécies reativas de oxigênio.