Reportagem 2 (UOL, 2024) O volume intenso de chuvas, que devastou boa parte do Rio Grande do Sul e já provocou mais de 100 mortes, surpreendeu gaúchos e autoridades. O fenômeno, no entanto, pode ser explicado por uma condição de fatores. Como as chuvas começaram? Segundo Luiz Natchigall, da Metsul Meteorologia, o estado foi atingido por uma massa de ar frio, que veio do sul do continente, e se encontrou com uma massa de ar quente que já circulava em boa parte do centro-norte do Brasil. Quando há esse encontro, a tendência é de que a água passe por um processo de condensação, ou seja, do gasoso para o líquido. É justamente aí que há a formação de nuvens e, consequentemente, das chuvas. Massa de ar quente formou uma espécie de “barreira”. De acordo com o coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi, essa barreira impediu a passagem da massa de ar frio e fez com que nuvens carregadas ficassem presas sobre a Região Sul. O fenômeno provocou o acúmulo extremo de chuvas por alguns dias, entre abril e o início de maio. O aquecimento de uma parte do oceano Índico, que fica na costa da África, também ajuda a explicar as chuvas intensas no Rio Grande do Sul. O aquecimento fora do normal está ligado ao chamado aquecimento global — que é o aumento anormal da temperatura média do planeta devido à intensificação do efeito estufa.

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