A meningite é uma inflamação das meninges, ou seja, das três camadas de membrana
fibrosa que envolvem o SNC. A meningite pode ser causada por infecção por bactérias ou
vírus. Os patógenos típicos não são específicos da meningite; é apenas uma inflamação
desse conjunto específico de tecidos como parte do que pode ser uma infecção mais
ampla. A meningite bacteriana pode ser causada por Streptococcus, Staphylococcus ou o
patógeno da tuberculose, entre muitos outros. A meningite viral geralmente é
consequência de enterovírus comuns (como aqueles que causam distúrbios intestinais),
mas pode ser o resultado do vírus do herpes ou do vírus do Nilo Ocidental. A meningite
bacteriana tende a ser mais grave.
Os sintomas associados à meningite incluem febre, calafrios, náuseas, vômitos,
sensibilidade à luz, dor no pescoço e dor de cabeça intensa. Mais importantes são os
sintomas neurológicos, como alterações do estado mental, confusão, déficits de memória
e outros sintomas do tipo demência. Uma das possíveis consequências mais sérias da
meningite é o dano às estruturas periféricas, em virtude dos nervos que passam pelas
meninges. A perda auditiva é um resultado comum da meningite.
O teste primário para meningite é realizado por meio de uma punção lombar. Uma agulha
é inserida na região lombar da coluna vertebral, através da dura-máter e da membrana
aracnoide, no espaço subaracnóideo, para retirar o fluido para testes químicos. A meningite
bacteriana pode resultar em morte em 5 a 40% dos casos diagnosticados em crianças e em
20 a 50% dos casos diagnosticados em adultos. O tratamento da meningite bacteriana é
feito com antibióticos; no entanto, a meningite viral não pode ser tratada dessa maneira, já
que os vírus não respondem a esse tipo de medicamento.
O sistema nervoso periférico é composto por grupos de neurônios (gânglios) e feixes de
axônios (nervos), que estão fora do cérebro e da medula espinhal. Os gânglios são de dois
tipos: sensoriais ou autônomos. Os gânglios sensoriais contêm neurônios sensoriais
unipolares e são encontrados na raiz dorsal de todos os nervos espinhais, bem como
associados a muitos dos nervos cranianos. Já os gânglios autônomos estão na cadeia
simpática, nos gânglios paravertebrais ou pré-vertebrais associados e em gânglios
terminais próximos ou dentro dos órgãos controlados pelo sistema nervoso autônomo.
Uma maneira interessante de visualizarmos os efeitos dos neuroquímicos nativos no
sistema autônomo é considerar os efeitos das drogas farmacêuticas. Isso pode ser avaliado
em termos de como as drogas alteram a função autonômica. Esses efeitos serão baseados
principalmente em como as drogas agem nos receptores da neuroquímica do sistema
autônomo. As moléculas de sinalização do sistema nervoso interagem com as proteínas
nas membranas celulares de várias células-alvo. Na verdade, nenhum efeito pode ser
atribuído apenas às próprias moléculas de sinalização; é preciso considerar também os
receptores. Uma substância química produzida pelo corpo para interagir com esses
receptores é chamada de substância química endógena, enquanto uma substância
química introduzida no sistema de fora é uma substância química exógena. Os produtos
químicos exógenos podem ser de origem natural, como um extrato vegetal, ou podem ser
produzidos sinteticamente em um laboratório farmacêutico.